Aladdin: 30 anos depois – (1992)

Aladdin é uma animação lançada em 1992 e não demorou muito para se tornar um grande sucesso: foi a maior bilheteria do seu ano de lançamento, faturando mais de 500 milhões mundialmente, gerou continuações, live action em 2019, colecionáveis e dois jogos de videogame excelentes para Super Nintendo e Mega Drive.

O filme fez parte da chamada renascença da Disney, que começou no final da década de 1980, com o sucesso de A Pequena Sereia, aperfeiçoou nos anos 90, com A Bela e a Fera em 1991, O Rei Leão em 1994 e também com o maravilhoso Aladdin.

O filme é baseado no conto árabe Aladdin e As Mil e Uma Noites e na história temos o nosso protagonista e seu macaquinho Abu sendo perseguido pelas autoridades por ter roubado um pãozinho, mas que depois compartilha com duas crianças famintas, é chamado constantemente de ladrão, mas sonha com um mundo melhor. Já no palácio, a princesa Jasmine tem que se casar com um noivo prometido, mas recusa todos e está entediada com a sua vida.

A princesa resolve fugir do palácio, seu caminho se cruza com o de Aladdin, os dois se apaixonam, mas ele é preso e para sair da prisão, faz um acordo com o vilão Jafar para encontrar uma mítica lâmpada mágica.

Aladdin de fato encontra a tal lâmpada, graças a uma trapaça de Jafar, consegue libertar o gênio (dublado magistralmente por Robin Williams), que pode realizar 3 desejos ao seu amo. Aladdin então se torna o príncipe Ali para se aproximar de sua amada, mas o caminho não será nada fácil contra um vilão destemido como o Jafar.

O filme é dirigido por Ron Clements e John Musker, que já haviam dirigido A Pequena Sereia, A Princesa e o Sapo, entre outros. Não é exagero dizer que este é o melhor filme da dupla.

Ao menos é dos mais diferentes da Disney até então, pois não é protagonizado por uma princesa, que existe por aqui, a Jasmine, mas não é idealizada, tem qualidades, defeitos como qualquer ser humano, não é a mocinha em perigo e não leva desaforo para casa. Sem contar que o protagonista também era diferente do convencional, pois o nosso Aladdin não é o príncipe perfeito que vai salvar o dia, mas é excluído pela sociedade e possui poucos recursos.

Tudo isso foi muito positivo para que as pessoas se identifiquem mais com os personagens e se envolvam mais na história. Não à toa, Aladdin e Jasmine é dos casais mais queridos do estúdio.

Embora a “fórmula Disney” esteja presente e a animação não inventa a roda, seja com um vilão que trapaceia, que é ciumento, com a história de amor como pano de fundo, muito número musical e um alívio cômico carismático. Com o tempo essa fórmula cansou e a própria Disney já brincou com isso, mas a diferença é que Aladdin, assim como outros filmes, fez isso direito e com muita competência.

Jafar realmente é um vilão assustador, está sempre um passo à frente de todos, consegue manipular quem está a sua volta – principalmente, o pai de Jasmine – e fica ainda mais temido no terceiro ato, quando se apodera da lâmpada e se torna quase invencível.

A maior parte das músicas é composta pelo grande Alan Menken (que venceu Oscar de Trilha Sonora), que se tornaram clássicas, até hoje são queridas, com destaque para a maravilhosa A Whole New World (também vencedora de Oscar) e a cena em que essa música toca, com a casal Aladdin e Jasmine voando de tapete é simplesmente inesquecível e tocante, que também tem muito da magia Disney.

E já o alívio cômico é com certeza um dos melhores personagens do estúdio: o Gênio, que na versão brasileira é dublado pelo excelente Márcio Simões e ficou eternizado pela voz do saudoso Robin Williams, vai além de ser um simples alívio: é um personagem clássico, icônico, querido até hoje e o filme solta faíscas com a presença dele. Muito do que vemos em tela, inclusive, é improviso do Robin e foi o primeiro caso em que um ator já conhecido dublou um personagem de animação. Isso gerou boas vozes, como James Earl Jones em O Rei Leão ou Selton Mello em A Nova Onda do Imperador ou as más vozes, como Luciano Huck em Enrolados.

Aladdin é uma animação clássica, icônica e inesquecível. Está disponível na Disney+, merece ser visto, revisto, seja pela qualidade do longa ou pela magia em nossas vidas que não deve morrer jamais.

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Nerd: Raphael Brito

Não importa se o filme, série, game, livro e hq são clássicos ou lançamentos, o que importa é apreciá-los. Todas as formas de cultura são válidas e um eterno apaixonado pela cultura pop.

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