Opa! 🙂
Sou a Evelyn, e no meu post de estréia aqui no Novo Nerd, vou comentar um pouco sobre o que anda acontecendo na literatura fantástica nacional. Não é novidade para ninguém que acompanha o gênero que ultimamente que a influência fantástica internacional tem resultado em ótimos livros por aqui!
Aposto que todos já leram ou pelo menos ouviram falar nos livros de autores como Raphael Draccon (Dragões de Éter), André Vianco (Os Sete), Eduardo Spohr (Filhos do Éden), Carolina Munhóz (A Fada), Leonel Caldela (O Código Élfico), Monteiro Lobato (e por que não?!) entre outros. Obter o reconhecimento em uma área da literatura tão pouco valorizada em nosso país foi e ainda é difícil, mas eles tem conseguido cada vez mais ganhar seu espaço nas prateleiras de grandes livrarias, e alguns deles até já tem os livros traduzidos em outros países. Mas hoje eu não vim aqui falar deles. Vim reunir e expôr algumas dicas de livros de outros autores nacionais que (ainda) não são tão conhecidos, mas que tem muito potencial para desenvolver e boas histórias para contar!
Mas, antes que chegar até eles, vamos parar para perceber o que vem acontecendo pelo Brasil. Sabemos como é complicado conseguir ser um autor por aqui, e esse grau de dificuldade piora quando se resolve escrever sobre dragões, mundos desconhecidos, criaturas mágicas… Nossos autores são menosprezados pela crítica, e consequentemente pelo público. Não há somente o preconceito dos críticos pelo tema, mas também de alguns leitores do gênero que possuem receito da literatura nacional e o que elas têm a nos oferecer (o quintal do vizinho americano/europeu é sempre mais verde e interessante). Mesmo com o grande BOOM de literatura de fantasia de autores nacionais, ainda há muitas barreiras para serem derrubadas, como a própria cultura. Muitos julgam falta de autenticidade nossos autores escreverem sobre mitologias que não nos pertencem. Nossas matas não abrigam zumbis, vampiros, elfos, dragões… e sim mula-sem-cabeça, saci-pererê, boto cor-de-rosa, lobisomem (opa, esse bate com os internacionais hein!), boitatá, curupira… Deu pra sacar, né? Aquela mesma polêmica que envolve o Halloween (ou dia do folclore), Natal tropical enfeitado com flocos de neve…
Particularmente, eu não encano com isso não, e acho que ninguém deveria. Cada um faz o que quiser, ou melhor, cada um se inspira no que quiser pra escrever sobre o que quiser. Creio que para a imaginação e a criação não existem fronteiras, divisas, oceanos culturais que nos limitem. Go for it.
Enfim. Dificuldades à parte, temos o BOOM que esses autores conseguiram causar. Nesse ano, tivemos a Bienal do Rio, e com ela a percepção surpreendente de que os jovens estão cada vez mais fazendo parte do público de leitores. O aumento de ingressos cresceu cerca de 100% comparado ao número vendido em outras edições, e em números também temos os de autores presentes, tanto nacionais quanto internacionais, que cresceram significativamente. A proximidade com o público é apontada como uma das grandes causas, e esse aumento de comunicação entre autores, editoras e leitores tem uma razão um tanto quanto controversa: a internet e as redes sociais.
Muitos diziam (e dizem até hoje) que a internet seria o fim dos livros. O fim do interesse pela cultura. Em casos isolados, pode até ser. Mas, pensando na situação como um todo, a internet facilita o acesso a essas informações, aumentando, consequentemente, o interesse por elas.
Graças à internet, novas plataformas e redes sociais, tornou-se muito mais simples e abrangente a divulgação e acessibilidade à leitura. Hoje em dia, ler está na moda. Os livros estão na moda. A necessidade de estar por dentro e acompanhar a cultura está crescendo, tanto em livros quanto seriados, jogos, filmes, tecnologia… há uma preocupação muito maior em expandir os conhecimentos em entretenimentos, pois eles dominam a maioria das rodas de assuntos. Para a melhor e para a pior, nerd is the new sexy.
Essa proximidade e facilidade em interagir com o público e divulgar seu trabalho aos leitores possibilitada pelas redes sociais ajuda muito os autores que ainda estão começando, seja por pequenas editoras ou de forma independente. Pode ser um longo caminho até o reconhecimento, mas deixou de ser impossível.
E eu adoro apoiar a literatura nacional. Sempre procuro novidades para ler e apoiar, desde projetos independentes até lançamentos de pequenas editoras que incentivam os autores! E separei aqui uma listinha pra apresentar pra vocês alguns dos livros mais interessantes que achei em minhas buscas! Lá vai:
Futuramente espero trazer a resenha individual dessa lista, e compartilhar com vocês minha opinião sobre cada um! E claro, sempre que possível, recomendar outros livros. Aliás, alguém aí tem alguma outra dica de leitura pra compartilhar?! 😉
É isso. Ufa. Prometo me controlar nos próximos posts. Ou não.
Até a próxima, e sejam legais uns com os outros! 😀