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O primeiro livro da série traz a coleção completa das páginas de tiras do personagem, publicadas entre o período de 1934 e 1937. Mantendo a qualidade do livro lançado no exterior, “Flash Gordon no Planeta Mongo” conta com capa dura e 208 páginas.
Aclamadas como as mais prodigiosas de seu tempo, as tiras de Flash Gordon e a atmosfera do personagem serviram de referência para todo o segmento de quadrinhos. Segundo o ilustrador da Marvel Comics e DC Comics Alex Ross, que assina o texto de apresentação, a qualidade da arte de Raymond não vinha da influência do mundo dos cartuns ou dos quadrinhos, que era encontrada em muitas outras tiras de jornais, mas da ilustração do começo do século XX. Artistas como Raymond e Hal Foster – criador do Príncipe Valente – introduziram a arte dos livros de histórias e das revistas no meio dos quadrinhos, durante a infância dessa promissora forma de entretenimento.
E não são só as ilustrações que se deve o sucesso de Flash Gordon. A temática chamou atenção da Universal Pictures e o primeiro seriado foi lançado com o ator Buster Crabbe no papel do herói em 1936. Crabbe deu vida ao personagem em 40 episódios da série que foi produzida até 1940.
Na década de 1980 foi lançado o longa-metragem “Flash Gordon” com Sam J. Jones, e ganhou muito destaque por sua trilha sonora, que foi composta e interpretada pela banda Queen.
Em 1996, Flash Gordon foi selecionado para preservação no “United States National Film Registry”, pela Biblioteca do Congresso, e considerado significativo culturalmente, historicamente e esteticamente.
A importância de “Flash Gordon” para o mundo geek é inegável. As cenas de flashback do mundo natal do Superman, Krypton, e de seu pai Jor-El – assim como outros kryptonianos e os cenários alienígenas – pareceram durante anos com os estilos e arredores do planeta Mongo.
Entre os fãs de Gordon, destaca-se George Lucas. Quando era jovem, o cineasta foi bastante influenciado pelas exibições televisivas dos seriados de cinema de Flash Gordon, o que o levou a ter boa parte do fascínio que tem pelos mundos da fantasia científica. No começo dos anos 1970, Lucas se aproximou da King Features e propôs o licenciamento de Flash Gordon para o projeto de um filme dos sonhos. Não foi feito nenhum acordo, e todos podem reconhecer no Universo Star Wars onde ele levou toda a sua inspiração.
A Pixel Media vem se destacando na cena brasileira de quadrinhos. Somente em 2015, o selo da Ediouro lançou dezenas de graphic novels e compilações, de personagens clássicos e acaba de publicar The Witcher – Casa de Vidro, uma versão em HQ do game de maior sucesso em 2015.
“Nos últimos anos nos dedicamos ao relançamento de grandes clássicos dos quadrinhos americanos, personagens incríveis criados por Lee Falk, Phil Davis, Ray Moore, Dik Browne, Mort Walker, entre outros. É com muito orgulho que nos debruçamos agora sobre os personagens e a obra de Alex Raymond. Para isso escolhemos essa coleção completa da Titan Books“, afirma Daniel Stycer, Editor-Chefe da Pixel e de Coquetel.
Em “Flash Gordon no Planeta Mongo”, o cuidado com a tradução foi decisivo para manter a qualidade dos diálogos dos longos textos e balões. O trabalho de limpeza dos textos originais ficou a cargo do estúdio Criativo, de São Paulo. “Fizemos um verdadeiro trabalho de restauração, não um simples retoque“, afirma Carlos Rodrigues, publisher do Criativo. O trabalho consistiu em pintar digitalmente, letra a letra, sem interferir na imagem sobre o qual o texto estava posto. A principal preocupação foi manter a integridade da arte original.
“Flash Gordon no Planeta Mongo” é o livro que faltava em sua prateleira. O volume também estará disponível em ebook. Os demais livros da coleção ainda não têm data para serem lançados.