“A Viúva Clicquot”, dirigido por Thomas Napper e roteirizado por Erin Dignam e Christopher Monger, mergulha na vida de Barbe-Nicole Ponsardin, brilhantemente interpretada por Haley Bennett. Após a morte de seu marido, Barbe-Nicole assume o controle da vinícola familiar, transformando a Maison Veuve Clicquot em um império global do champagne, desafiando os críticos e revolucionando a indústria. Apesar de sua resiliência e do reconhecimento moderno da marca, o filme não captura totalmente a profundidade de sua jornada.
Bennett oferece uma performance convincente, retratando a determinação de Barbe-Nicole diante de um mundo dominado por homens. Sua atuação confere uma profundidade emocional à personagem, destacando-se como o ponto alto do filme.
Contudo, A Viúva Clicquot sofre com uma narrativa fragmentada e uma estrutura excessivamente dependente de flashbacks, que diluem a potência da trama. Essa abordagem enfraquece o impacto das cenas, sugerindo que a história poderia ter sido explorada com mais coesão.
A relação entre Barbe-Nicole e seu falecido marido, François Clicquot, interpretado por Tom Sturridge, é superficialmente tratada, falhando em adicionar substância ao arco de Barbe-Nicole ou ao entendimento do legado de François.
A direção de arte do filme, no entanto, é louvável. A recriação dos ambientes da época, os detalhes dos figurinos, e a fotografia são pontos fortes que situam o espectador no contexto histórico. Contudo, o filme deixa a desejar na exploração das questões políticas e sociais da época que poderiam enriquecer a narrativa.
Embora “A Viúva Clicquot” aborde temas importantes como luto, maternidade e os desafios de uma mulher em um domínio masculino, o tratamento dado a esses assuntos é apressado e superficial. A obra não explora completamente o potencial da história de Barbe-Nicole, resultando em um filme que, apesar de suas qualidades, não faz jus ao legado vibrante de uma mulher revolucionária.
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