A Outra Face é um filme lançado em 1997, dirigido por John Woo (Missão Impossível 2, Fervura Máxima, entre outros), foi um sucesso de público (custou 80 milhões e faturou 245 nas bilheterias mundiais), de crítica (92% de aprovação no Rotten Tomatoes e um dos filmes mais aclamados do gênero dos anos 1990).
Na trama, o agente do FBI Sean Archer (John Travolta) está na cola do criminoso Castor Troy (Nicolas Cage) e após muita busca, a agência consegue capturá-lo, prendendo seu parceiro Pollux (Alessandro Nivola) e deixando Troy em coma. Mas é revelado sobre uma bomba e todos precisam de mais informações, que somente Pollux as tem. Então o jeito é Sean usar a tecnologia de trocar de rosto com o criminoso Castor, para se infiltrar na prisão e arrancar informações.
Mas o que parecia ser algo fácil, dá tudo errado: Pollux foi liberado da prisão e para piorar, Troy acorda do coma, consegue ficar com o rosto do John Travolta e some com todas as provas que possam incriminá-lo. Para piorar, ele assume a vida de Sean, ficando com sua esposa (personagem da atriz Joan Allen), cargo e prestígio.
Ou seja, ficou praticamente impossível para Archer provar que não é Castor, decide fugir da prisão e enfrentar seu oponente com as próprias mãos.
Por mais maluca que seja essa trama, com uma premissa tão engenhosa quanto absurda e com diversas reviravoltas, o filme funciona para fãs de ficção científica, para quem gosta de um bom roteiro ou simplesmente para quem quer sentar e se divertir.
Quem não ficou imaginando como seria se essa tecnologia existisse na vida real? Imagina trocar de rosto com alguém? Quais seriam os pontos positivos e os negativos? Quais seriam as leis para isso?
O longa não se apegou à ética da situação e muito menos para as discussões filosóficas, vai direto para a ação, o entretenimento e diverte muito.
Mas engana-se quem acha que A Outra Face seja um enlatado de fórmula hollywoodiana, muito pelo contrário, é um filme muito inteligente, engenhoso e apesar da longa duração, é um ótimo programa até os dias de hoje, mesmo tendo passado mais de duas décadas de seu lançamento e que alguns efeitos em CGI estejam datados.
E até mesmo outros detalhes que não são tão presentes em um blockbuster de ação, como atuações, são visíveis em A Outra Face, pois desde o início do longa é definido quem é vilão e quem é mocinho, mas logo na metade de projeção, os dois atores trocam de rosto e de personalidade. Pode não parecer, mas isso exige muito de Nicolas Cage e John Travolta, sobretudo nas características, trejeitos e perfil psicológico.
Os dois atores estavam muito à vontade nos dois papéis, se divertiram muito, mas também convenceram no papel do outro.
O filme ainda teve uma indicação ao Oscar de Mixagem de Som, mas havia um Titanic no meio do caminho. E para quem vê ou revê A Outra Face fica a lembrança de um produto bacana, competente e uma amostra de que dá para realizar um blockbuster com inteligência.
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