Ahoy, seus cães sarnentos e vira latas. Sou a Capitã Nega, comandante do navio mais nerd de todos os sete mares.
Vim aqui falar sobre a vida real dos lobos do mar, corsários impiedosos que roubam, pilham e bebem, aye aye.
Se não quiser andar na prancha, leia esse texto ou farei com que limpe o convés todos os dias até a virada de quatro luas, seu verme que cheira tão mal quanto o único pé do Bill. Aarrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr.
1. Jolly Roger, a famosa bandeira pirata. A versão mais adotada como oficial entre os historiadores diz que a bandeira negra nada tem a ver com os piratas. Arrrrrrrr, Capitã Nega, como blasfemam dessa forma? – você perguntará. Eles dizem que navios que vinham com doenças em seu interior já hasteavam panos pintados de preto para sinalizar que algum virus ou bactéria havia se alastrado entre a tripulação. Seja como for, a intenção dos piratas era mesmo manter curiosos à distância, o que realmente acontecia. Os bucaneiros usavam também uma bandeira vermelha, juntamente com uma da nação em que pertenciam, ao se aproximarem de um navio que queriam ver rendido. Significava que nenhuma misericórdia, aye, seria dada aos ocupantes caso houvesse resistência. Seu nome original era Joli Rouge, um termo em francês que significa vermelho bonito. E, como todos sabem, marujos não são tão articulados verbalmente e de Joli Rouge mudou para Jolly Roger (em inglês) e o fundo vermelho mudou para preto.
2. Os brincos nas orelhas eram usados por que acreditava-se que os metais preciosos melhoravam a visão dos piratas. Por anos foi considerado balela, mas hoje, os acupunturistas dizem que faz sentido pois o lóbulo da orelha possui vários pontos relacionados aos olhos. É bem possível que essa técnica tenha sido trazida das rotas de comércio orientais.
3. As mulheres não eram autorizadas a embarcar em navios piratas pois eram consideradas símbolo de má sorte em navegações marítimas e porque eram uma distração aos marujos, aye. Contudo, houveram mulheres famosas que fizeram seus nomes na história da pirataria, como Anne Bonny, Mary Read, Lady Killigrew, Grace O’Malley, Charlotte de Berry, Mrs. Ching, Mary Crickett e Capitã Nega.
4. Já que a compra formal de navios poderia colocar os piratas em risco de prisão e enforcamento, os navios piratas eram embarcações roubadas. Uma vez tomada posse de um navio, ele era adaptado ao lifestyle pirata. Novos quartos eram criados para receber mais tripulantes e o convés era fortalecido para suportar os pesados canhões. Havia até 80 piratas por navio, extrapolando em 50 pessoas o número de tripulantes de uma embarcação normal da época. E mesmo assim nós cheiramos melhor do que aquela baderneira suculenta que você diz que vai ficar noivo algum dia, aaarrrrrrrrr.
5. Davy Jones era uma gíria marítima para os maus espíritos do oceano. “Caixão de Davy“ era a forma de se referir ao fundo do oceano e a expressão “Levado a Davy jones” significava “morrer em alto mar”.
“Let no joyful voice be heard! Let no man look up at the sky with hope! And let this day be cursed by we who ready to wake…the Kraken!” – Davy Jones
6. Se houvesse a chance de ser capturado, o capitão do navio pirata trocava suas peças de roupas, normalmente caras e reluzentes, por vestimentas simples e se passava por um membro normal da tripulação. Isto lhes permitia a possibilidade de escapar. SNEAKING LVL 99.
7. Os piratas eram surpreendentemente justos entre si. Todos eles ganhavam a mesma percentagem dos saques, com exceção do capitão, piloto e cozinheiro, que levavam o dobro da recompensa por tripulante. Os piratas também decidiam em votação coletiva para onde o navio deveria navegar em sua próxima missão ou se uma embarcação colonial deveria ser atacada ou não. E não, eu não organizei um motim só para ficar com o dobro do ouro.
8. Cada pirata assinava um “contrato” antes de se juntar a um tripulação. Esses documentos eram uma espécie de acordo que detalhavam quando eles seriam pagos, suas responsabilidades no navio, o comportamento esperado deles e o tipo de punição estariam submetidos se quebrassem as regras. Os piratas não eram autorizados a apostar, brigar ou a roubar de outros piratas nos navios. O descumprimento dos “contratos” era punido por abandono em ilhas caribenhas, normalmente com a concessão de uma garrafa de água e uma pistola. Como essas ilhas eram em sua maioria montes de areia, a maioria dos piratas nunca sobrevivia. A pistola era mais um ato de piedade do que uma arma para se protegerem.
This shot is not meant for you. – Capn. Jack Sparrow
9. O disparo dos canhões não era sempre necessário. Alguns capitães coloniais preferiam se render ao avistar um navio pirata e negociar um acordo com o capitão pirata na esperança de minimizar as mortes e perdas. Isso funcionava com piratas mais amistosos, mais alguns capitães piratas sanguinários eram implacáveis apenas pelo “prazer” dos ataques. Eu poupo todos aqueles que me derem seus PS4’s.
10. O senso fashion associado aos piratas deve-se às diversas peças de roupas recolhidas nas pilhagens de diferentes navios e combinadas de maneira criativa. Coco Chanel se vivesse naquela época ia ter no máximo uma confecçãozinha no Bom Retiro, aye.
Agora, seus ratos de fossa com escorbuto, todos comigo! Altear as cores e rumo a oeste, para fazer nossos inimigos comerem poeira marinha. ARRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR.
Fonte: Yahoo Respostas e Google.