Uma ótima sexta-feira, Nerds do meu Coven. Nada melhor do que abordar temas sobrenaturais com tamanha proximidade entre o dia 31 de outubro não? Ainda mais em um Outubro com direito a Lua Cheia Sangrenta e tudo.
Resolvi fechar o ciclo de American Horror Story (óbvio que eu não vou falar de Freak Show porque tenho medo de palhaços e.e) com um post fora da linha dos anteriores. Sem entrevistas.
O primeiro tópico importante desse review, é com relação a cenário e ambiente, pra falar de fotografia e cenas.
A terceira temporada de AHS intitulada como Coven, está ambientada em Nova Orleans, E.U.A. O que acho realmente prudente, por conta de todas as lendas e festas culturais do lugar com relação ao sobrenatural, saindo um pouco da história e apego dos roteiristas por Salem.
Por tratar-se de um assunto tão polêmico quanto a bruxaria, é claro que a série teria um foco muito maior no poder feminista que acarreta essa lenda da bruxaria por séculos.
“Mas tio Casimiro, porque não tem bruxos na série? Só mulheres?”
Bom, toda lenda de bruxaria é proveniente principalmente de movimentos pagãos acentuados na cultura celta, embora existam provas físicas que cultos ao feminino existam bem antes dos tempos datados em registros históricos.
O que eu posso afirmar é que a cara da bruxaria atual remete principalmente a origem da lenda do culto ao feminino e a mãe natureza principalmente.
Porém junto do feminino, da Deusa, caminha lado a lado o obscuro e misterioso. A figurada dada aos cultos como O Deus. O masculino. O misterioso. Aquele que contem as artes obscuras. E até nisso a série é impecável, adicionando o próprio “demônio” caracterizado as opiniões centrais da época atual. Aqui ressalto a cena da conversa entre Fiona (Jessica Lange) e Papa Legba (Lance Reddick) sobre o destino da Suprema do Coven.
Os cenários são maravilhosos, deixando de lado toda a história da decoração gótica, temos uma mansão com decoração comum, batendo de frente com o French Quarter e as Bruxas do Voodoo lideradas por Marie Leveau (Angela Basset) mais conhecida como “Voodoo Queen”, onde temos muito mais envolvimento dos contos Haitianos e a decoração muito mais voltada aos mitos africanos.
Temos aqui pontos altos como as cenas do conselho, ou mesmo a fogueira do episódio “Burn witch, burn”.
E a trama, sempre o sabor mais doce, temos o foco central, onde a Suprema Bruxa que lidera o Coven está doente e morrendo, e isso acarreta a iluminação de uma jovem bruxa para tomar seu lugar na liderança. Porém, temos algumas candidatas ao cargo, e Fiona está disposta a passar por cima de todas, para se manter no poder.
Um dos pontos altos da série fica também entre a relação de Queenie (Gabourey Sidibe) e Delphine LaLaurie (Kathy Bates) abordando principalmente o tema do racismo e da escravidão, numa mescla irreal de maldição, voodoo e imortalidade.
Temos poderes (embora isso me lembre muito de X-men do que de bruxaria), temos também caçadores, mortos-vivos, amaldiçoados. Um grande background de criaturas para enraizar a história. E por fim, temos também a participação especial de Stevie Nicks cantando Seven Wonders.
Pra quem não sabe, a história de Coven nos prepara, dizendo que cada bruxa tem adequação com no máximo três habilidades das sete possíveis (Dai vem as sete maravilhas / Seven Wonders). E apenas a suprema poderia controlar todos. (Compulsão, Transmutação, Pirotecnia, Telecinese, Adivinhação, Descensum e Vitalium Vitalis.)
É uma história que diferente das duas primeiras temporadas, tem um final completamente inesperado. E isso torna American Horror Story cada vez mais saboroso ao nosso paladar.
Recomendo a série.
