Olá pessoal, voltando pra mais uma rodada musical aqui no Novo Nerd! Desta vez peguei um projeto ambicioso, definir as 25 mais belas canções de amor de todos os tempos! Temos alguns critérios? Sem dúvida que temos! Primeiramente apenas músicas estrangeiras, pretendo mais pra frente fazer uma lista só com as músicas nacionais. Depois, as canções precisam ser de amor mesmo, ou seja, não podem ser canções de superação de um amor. Podem até ser sobre amores passados, mas o tom precisa, neste caso, ser de saudade. Fiz uma lista bem ampla pra abarcar uma boa quantidade de artistas inesquecíveis e suas principais gravações, mas claro que vocês vão lembrar de coisas que ficaram de fora, sempre algo fica de fora! Bom, vamos pras nossas 5 primeiras escolhidas:
25- Michelle (The Beatles)
Compositores: John Lennon e Paul McCartney
Álbum: Rubber Soul
Ano de Lançamento: 1965
Começamos com a maior banda de todos os tempos (e já adianto que terão mais 2 músicas dos Beatles nesta lista) e com uma singela canção de Paul McCartney, direcionada a uma velha paixão. Michelle é uma graça de música, muito suave e romântica que brinca com a ideia da diferença de linguagens entre eles, tendo inclusive um trecho em francês no meio da letra:
“Michelle ma belle
Sont les mots qui vont très bien ensemble
Tres bien ensemble”
24- Come rain or come shine (Eric Clapton e B.B. King)
Compositores: Harold Arlen e Johnny Mercer
Álbum: Riding with the King
Ano de Lançamento: 2000
Aqui temos um clássico do cancioneiro americano, a música de Arlen e Mercer foi gravada originalmente, em 1946, por Sy Oliver acompanhado da orquestra de Tommy Dorsei e foi regravada dezenas de vezes, citarei aqui só alguns dos mais importantes artistas que fizeram versões dela: Sarah Vaughan (1950); Billie Holiday (1955); Judy Garland (1956); Jerry Lewis (1956); Ray Charles (1959); Ella Fitzgerald (1961); Frank Sinatra (1961); James Brown (1964); Liza Minnelli (1970); Barbra Streisand (1979); Bette Midler (1991).
Como podem ver, é realmente difícil escolher uma das versões, mas fico com o poderoso duelo vocal e de guitarras entre Eric Clapton e B.B. King, gravado em 2000 para o álbum Riding with the King! Destaco aqui o belíssimo instrumental e a diferença sutil das interpretações, o que traz uma beleza extra pra letra já sensacional da música, que trata de um amor incondicional, que sempre estará lá, “come rain or come shine“.
23- Can’t help falling in love with you (Elvis Presley)
Compositores: Hugo Peretti, Luigi Creatore e George David Weiss
Álbum: Blue Hawaii
Ano de Lançamento: 1961
Aqui outra canção regravada por Deus e o mundo (até o Raul Seixas gravou, pra vocês terem ideia), mas não há dificuldades em escolher uma versão aqui, a original do Rei é insuperável! Foi 1° lugar nos EUA e no Reino Unido. A delicadeza do instrumental se beneficia imensamente da voz límpida e aveludada de Elvis Presley e parece que ele está cantando a bela (e melosa) letra nos nossos ouvidos (entendem porque esse cara foi um furacão musical?). É impossível não achar lindos versos como:
“Wise men say only fools rush in
but I can’t help falling in love with you”
22- She (Charles Aznavour)
Compositores: Charles Aznavour e Herbert Kretzmer
Álbum: single
Ano de Lançamento: 1974
Muitos de vocês talvez conheçam essa pela bela versão de Elvis Costello que fez parte da trilha de “Um Lugar Chamado Nothing Hill“, mas aqui novamente vou na versão original e insuperável de Charles Aznavour. Gravada em 1979, em francês, com o título de Tous Les Visages de L’amour, foi a posterior versão em inglês do mesmo Aznavour que fez sucesso e que virou clássico. A letra é derramadamente romântica e atinge em cheio em versos como:
“She may be the reason I survive
The why and where for I’m alive
The one I’ll care for through the
Rough and happy years”
Coloquei aqui as duas versões, a clássica em inglês e a original em Francês, para que possam julgar por vocês mesmos.
21- Maybe I’m Amazed (Paul McCartney)
Compositor: Paul McCartney
Álbum: McCartney
Ano de Lançamento: 1970
Paul escreveu esta bela canção antes do final dos Beatles, em 1969, e ela teria qualidade pra entrar num dos álbuns do Fab Four caso houvesse tempo. A sonoridade é muito parecida com as canções do Abbey Road, último álbum gravado pela maior banda de todos os tempos. Paul acabou lançando a música duas vezes, primeiro em 1970 no seu álbum McCartney, um tour de force que ele fez pra exorcizar completamente os Beatles, gravando todos os instrumentos e vocais do disco todo. Em 1977, já acompanhado do Wings, ele gravou uma poderosa versão ao vivo que virou um single de sucesso. Coloquei as duas versões aqui pra que vocês possam ouvir, já que são ambas brilhantes.
A letra é pura poesia McCartiana, simples mas ao mesmo tempo escondendo algo mais do que uma canção de amor boba poderia ter, Paul sempre soube ir ao âmago das coisas e aqui não é diferente. Existe o amor, ele ama essa mulher, ele sabe que ela o ama, mas ele tem medo:
“Baby, I’m amazed at the way you love me all the time,
And maybe I’m afraid of the way I love you.”
Mais tarde entendemos melhor esse medo, é o medo de ser dependente emocionalmente de uma pessoa totalmente:
” Maybe I’m amazed at the way you help me sing my song,
Right me when I’m wrong-
Maybe I’m amazed at the way I really need you.”
Como eu disse, pura poesia do maior de todos os compositores da história do planeta terra!
