E não, não to falando das Crentes, e sim das Crenças!
Podemos definir crenças como conceitos que criamos e formalizamos no fundo do mais fundo de nossa mente até as definições acadêmicas aprendidas no dia de hoje. É o que definimos como certo junto ao que vemos ser certo no coletivo, é interferida pela consciência coletiva, também o senso comum. Esses conceitos ficam entranhados pelo ego e por ele nos guiam, sempre tendendo a priorizá-lo, a mantê-lo acesso e vivo.
Como se criam as crenças?
Elas se criam a partir do primeiro suspiro do ser humano, assim que nascemos a primeira crença é a de termos de respirar, alimentar, ir ao banheiro, que sentimos frio, que amamos a presença de nossos pais ou responsáveis e com eles estamos seguros. Então logo quando crescemos mais um pouquinho, esse leque de crenças vai se expandindo, por exemplo quando entramos na escola, nos fazem pensar que ela é ruim, que é uma ocupação para se merecer o prazer de estar casa ou passear, que é uma obrigação, mesmo se dizemos “mas sempre falamos para nossas crianças que estudar é bom, para ter um bom emprego, para ser alguém!” e ai percebemos que estamos usando as mesmas crenças nossas, numa versão Adult 2.0 para justificar nossos atos, pois achamos que temos que trabalhar para ter dinheiro, ou fazer faculdade para trabalhar, sempre colocando algo no futuro ou querendo justificar nosso desejo pelo prazer. A mídia tem um papel forte nessa questão, de crianças a idosos, fomentando nossas crenças por elas, preenchendo e alimentando o ego que se torna cada vez mais faminto e persuasivo.
Dizia um amigo meu que “as crenças funcionam em ciclos”
Ou seja, tendemos a repetir os processos, tendamos a reagir da mesma maneira ou resignificar um conceito ou um pensamento em consequência de outro. Temos um processo que se inicia com uma informação, que produz um pensamento, logo então um sentimento/emoção que nos faz tomar uma atitude (causa) e dela temos uma consequência (efeito). E desse efeito temos uma nova informação, ou seja, o ciclo se perpetua, podemos também dizer que a crença tem como direcionamento a perpetuação, ela vai a todo custo tentar se manter, pois mudar dói.
E ai Dr. Naves, tem cura?
Seja como for, nossas crenças também tem seu lado positivo, por exemplo de sabermos que se enfiarmos a cabeça dentro da boca de um jacaré possivelmente ele pode mastigá-la como chiclete e também sabemos que sair pelado no frio pode nos causar uma boa pneumonia. A questão é retrabalhar as crenças, os conceitos, de forma a expandir seus horizontes.
Nosso “Mundo” é uma crença
A forma como determinamos nossa vida, nossos princípios, o que pensamos sobre cada coisa é o que cria nossa realidade. O mundo é uma densificação mental, tudo “é” conforme um consciente coletivo determina e talvez boa parte dos membros desse consciente estejam perdidamente inconscientes, reféns de conceitos provavelmente equivocados, herdados há tempos de seu meio, por isso a cautela de repensar sobre as coisas, pois você pode estar emaranhado em uma rotina que na verdade pode não ser a que deseja. Se mudar a forma de pensar, muda sua realidade.
Crenças>Paradigmas>Realidade
Então, numa reunião de conceitos, de bom senso, razão, ética, moral, todas as definições de existência determinadas pelo coletivo formam nossos paradigmas, é a água para o peixe. É algo mais profundo, é nossa realidade, como achamos que as coisas são. E quando quebramos esses paradigmas, vemos o florescer de uma nova realidade, novas possibilidades.
Então, busquemos compreender o ciclo de nossas crenças e como podemos alterar nossa realidade a partir da mudança de pensamento, da busca de conhecimento e da procura pelo novo. Não tenha medo de ir atrás do que quer saber, medo de se envolver, tenha ciência do bom pensamento, pois a lei causa e efeito faz o resto.
Até a próxima parte!