A Lenda de Ochi é uma produção dos EUA, foi escrito, dirigido e produzido pelo estreante Isaiah Saxon, é um longa com distribuição da A24, teve sua primeira exibição no Festival de Sundance em janeiro de 2025 e tem sua estreia nos cinemas brasileiros para o final de maio de 2025.
A trama se passa em uma vila isolada ao norte de Carpathia, local onde existem os chamados Ochi, criaturas reclusas que são temidas pelos moradores locais, em especial ao Maxim (Willem Dafoe), que teve uma tragédia no passado com essas criaturas, lidera um exército infantil contra esses seres, sobretudo o jovem Petro (Finn Wolfhard, da série Stranger Things).
Porém, a camponesa Yuri (Helena Zengel), que aprendeu a temer as criaturas, descobre um bebê Ochi ferido, perdido e decide partir em uma missão para devolvê-lo à sua família, mas sofre da resistência dos moradores locais, incluindo seus familiares,
A Lenda de Ochi tem uma produção modesta, de cerca de “apenas” 10 milhões de dólares e mesmo com alguns problemas, merece ser valorizada, respeitada e que pode inspirar jovens cineastas que sonham em ter sua história sendo filmada, já que tem um peso de produção – sobretudo na direção de arte e concepção de seu mundo – e tem um elenco respeitado, já que há um ator de uma série de sucesso, (Finn Wolfhard), além de dois veteranos que estão há anos em Hollywood e com a carreira consolidada (Willem Dafoe e Emily Watson).

Embora o roteiro não privilegie todas as performances (Finn e Emily estão desperdiçados em tela), Dafoe tem mais peso em tela e considerando que boa parte do elenco é composto por atores mais jovens, foi praticamente o mentor para os atores no qual contracenou.
Sem contar que o filme sabe usar bem seus clichês de forma eficiente e não inventa a roda: a história de preconceito de uma espécie para outra não é novidade no cinema e nem na TV, mas que o espectador não vai reclamar de uma produção simples, que vai direto ao assunto e de curta duração (tem pouco mais de 90 minutos de projeção).
O longa foi filmado no interior da Romênia, o que barateou alguns custos de produção e locação, mas que foram uma dor de cabeça para o diretor Isaiah Saxon, já que teve que fechar uma rodovia movimentada de lá, além dos problemas com os ursos da região e que destruíram alguns cenários – e a necessidade de reconstruir tudo.

Os efeitos práticos funcionam, o Ochi é um bom personagem, o público cria empatia com ele, com a jovem Yuri e trata-se de um longa com mais de 700 tomadas de efeitos especiais, sendo quase um “milagre” que tudo isso tenha sido feito com 10 milhões, considerando que um blockbuster médio atual não fique por menos de 100 de orçamento.
A Lenda de Ochi é um “tesourinho” da A24, simples e modesto que não deve entrar na lista dos melhores do grande público, mas que não vai incomodar ninguém.
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