AQUI, o novo filme de Robert Zemeckis, já provoca expectativas com sua abordagem ousada e profundamente reflexiva. Inspirado na graphic novel de Richard McGuire, o longa é um convite para explorar o tempo e as conexões humanas através de um único espaço: uma sala que testemunha séculos de histórias e transformações. É quase impossível não pensar em como nossa própria existência é moldada pelos ambientes que ocupamos.
O filme traz de volta a parceria mágica de Tom Hanks e Robin Wright, que nos deram o inesquecível Forrest Gump. E, claro, as comparações são inevitáveis. Embora AQUI seja uma experiência visualmente ousada e rica em reflexões, não alcança o mesmo impacto emocional de Forrest Gump. Isso não significa que o filme não seja cativante, mas sim que ele se apoia mais na contemplação do que no impacto dramático imediato.
Em Aqui, Hanks e Wright exploram papéis que nos levam a refletir sobre o amor, os desafios e os mistérios da vida, enquanto Zemeckis entrega uma direção que flerta entre o experimental e o emocional. A escolha de usar apenas um único enquadramento ao longo do filme é ousada, mas incrivelmente provocativa. Sentimos como se estivéssemos presos na sala, testemunhando a passagem do tempo ao lado dos personagens. Esse detalhe pode dividir opiniões, mas para os amantes de cinema inovador, é um prato cheio.
A transição entre eras é visualmente hipnotizante, um testemunho da habilidade de Zemeckis em conectar a narrativa à tecnologia. Mesmo que falte o mesmo tipo de emoção visceral de Forrest Gump, AQUI nos deixa pensativos, questionando as histórias invisíveis que moldam nossas vidas e espaços.
AQUI: Pontos positivos
- A química incomparável de Hanks e Wright.
- A ousadia narrativa com um único enquadramento.
- Reflexões profundas que permanecem após os créditos.
AQUI é uma obra para quem busca uma experiência que vai além do entretenimento, oferecendo uma jornada emocional e visualmente desafiadora.
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