Robô Selvagem tem uma natureza cativante

Está chegando em outubro aos cinemas o filme Robô Selvagem (The Wild Robot), a mais recente animação da DreamWorks Animation. Distribuído pela Universal Pictures e dirigido por Chris Sanders — conhecido por clássicos como Mulan, Lilo & Stitch, Como Treinar o Seu Dragão e Os Croods — o filme promete uma emocionante aventura sobre um robô perdido em uma ilha repleta de mistérios.

Robô Selvagem

A Missão

Ao despertar, um robô dotado de sofisticada inteligência artificial se encontra isolado em uma ilha habitada por animais selvagens. Criado com o propósito de ajudar as pessoas, ele tenta interagir com os animais de várias maneiras, mas acaba apenas os afugentando.

Conforme percebe que está cercado apenas por animais, o robô passa um bom tempo observando como eles interagem. Seu objetivo é compreendê-los, e ele fica ali por semanas, ou até meses — é difícil precisar — aprendendo e decifrando seus comportamentos. Eventualmente, ele descobre como se comunicar com eles. Surpreendentemente, sua primeira missão torna-se cuidar de um ganso recém-nascido, e assim ele se identifica como Roz.

Robô Selvagem

Robô Selvagem

Em situações perigosas ou desafiadoras, Roz se adapta rapidamente para sobreviver e cumprir sua missão. Essa constante necessidade de aprendizado e adaptação a transforma em um verdadeiro Robô Selvagem. Com o tempo, sua determinação em seguir a diretriz de “missão dada é missão cumprida” se torna cada vez mais evidente.

Entretanto, um dos maiores desafios que enfrenta é cuidar do filhote de ganso, que é consideravelmente menor do que deveria, trazendo uma série de problemas para sua sobrevivência.

Simples mas cativante

Embora a narrativa seja relativamente simples e careça de muitas reviravoltas ou surpresas, o filme se revela encantador. A maioria dos personagens é carismática e proporciona interações divertidas. A versão dublada destaca-se por suas falas e expressões engraçadas, enquanto muitos dos animais têm estereótipos clássicos, mas são bem trabalhados. A família de gambás, Pinktail e seus filhotes, rouba a cena em diversas ocasiões com suas falas e atitudes hilárias.

Até mesmo a raposa Fink conquista o público ao longo do filme. Embora o ritmo seja mais calmo em boa parte da história, ele nunca se torna cansativo, mantendo o foco e o interesse do espectador. A obra equilibra momentos sérios e calmos com outros engraçados e divertidos.

A mescla visual de estilos de animação, combinando elementos mais realistas com toques de 2D rústico, é muito bem executada e visualmente agradável. Apesar das diferenças, a harmonia na construção do cenário é tão bem alcançada que algumas transições passam quase despercebidas. A animação não decepciona e supera as expectativas.

Além disso, os temas centrais da história incluem amizade, superação, aprendizado e emoções. Embora o robô não tenha expressões faciais e não deveria sentir emoções, ele consegue transmitir esses sentimentos ao longo do filme.

Robô Selvagem

Em suma, o filme surpreende e agrada a todos. Por ser uma animação, não há restrições de idade, tornando-se uma excelente escolha para crianças e jovens. Além disso, certamente encantará pessoas de todas as idades, sendo ideal para uma experiência em família. Aproveitem e divirtam-se nas telonas!

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Nerd: Guilherme Vares

Formado em Ciências da Computação e Pós em Jogos Digitais, aspirante à Game Designer, tendo Rpg e boardgames injetados diretamente na veia, adepto de jogos em geral e voraz consumidor de livros, séries e filmes.

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