Barbie é TUDO (mas não é anti-homem) – Crítica

O Rapha escreveu há uns dias como Barbie é mais inteligente do que muitos filmes “sérios”, mas acredito que ainda é válida uma crítica um pouco mais ácida sobre o assunto.

Obviamente, muita gente com a masculinidade frágil se feriu com a produção (e podem ir xingar muito no Twitter X). Então, já fica o aviso: se você é do time mi mi mi, que acha que o filme é anti-homem, essa crítica de Barbie vai te irritar!

Apesar de não ser exatamente a história oficial da Barbie, o filme é uma comédia muito divertida. É interessante que Greta Gervig fez de Barbie uma análise inteligente das interpretações do texto e do seu significado, além de explorar o papel das bonecas na cultura, as questões de gênero e o feminismo de forma mais ampla. Temas comuns em filmes de sucesso.

Barbie segue um caminho familiar, teologicamente falando: um paraíso perdido que é destruído quando os personagens adquirem conhecimento sobre o “bem” e o “mal”. A história também levanta questões sobre o valor desse conhecimento. Seria melhor para Barbie e Ken terem continuado vivendo felizes e ingenuamente no paraíso, sem saber das complexidades do mundo? Ou o conhecimento trouxe a eles o livre arbítrio e a capacidade de viver uma vida mais plena? Essa é uma questão que teólogos têm explorado ao longo da história.

Frequentemente, idealizamos tempos passados como “idades de ouro” porque éramos ingênuos em relação ao que realmente acontecia naquela época, não necessariamente porque aquelas eram épocas melhores.

Essa reflexão combina elementos teológicos e filosóficos para explorar a importância do conhecimento, a natureza da sabedoria e a ideia de paraísos perdidos.

Barbie é um filme incrível e muito engraçado, superando qualquer comédia de estúdio que vi recentemente. As piadas sobre estiletes, boy bands, fascismo e Matchbox Twenty são perfeitas – algumas delas ainda me fazem rir. Embora não seja recomendado para crianças muito pequenas, pré-adolescentes e adultos vão adorar.

Além disso, a diversão não precisa ser boba. A habilidade de Greta Gerwig como diretora (conhecida por Lady Bird e Little Women) brilha aqui, oferecendo uma reimaginação e uma exploração do autodescobrimento sem se render à nostalgia e sentimentalismo, com muito amor genuíno. É quase um milagre como ela trouxe essas mesmas sensibilidades para Barbie. Mal posso esperar para assisti-lo novamente.

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Nerd: Carlos AVE César

Apaixonado por Criatividade & Inovação! Desde pequeno sempre gostei de fazer listas de filmes que tinha assistido, debater teorias e opinar sobre tudo. Em 2012 criei uma Fan Page de GOT, uns malucos botaram fé no que eu falava 1 ano depois montei um site de cultura nerd. Hoje divido meu tempo criando conteúdo para o Universo42 e estratégias de crescimento para a SKY Brasil.

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