Oscar: os maiores 12 ignorados da história

Muitas são as injustiças da história do Oscar, como Fernanda Montenegro perder para Gwyneth Paltrow, Crash – No Limite superar O Segredo de Brokeback Mountain, só para citar algumas. Mas há casos em que a injustiça vai além: a pessoa ou o filme sequer são lembradas, totalmente ignorados. E são alguns desses casos que vamos listar abaixo:

  • Bernard Herrmann – Psicose (1960)

Psicose é dos filmes mais importantes do gênero suspense, é influente até hoje, mesmo o longa sendo lançado há mais de 60 anos. É uma obra obrigatória do mestre Alfred Hitchcock e um dos motivos que tornam este como um filme único é a excepcional trilha de Bernard Hermann, que também influencia muita coisa até hoje, mas sequer foi indicada ao Oscar na ocasião. Um absurdo inexplicável. Você consegue imaginar a clássica cena do chuveiro sem uma trilha sonora?

  • Mia Farrow – O Bebê de Rosemary (1968)

A Academia não é muito adepta ao gênero terror. Alguns poucos filmes foram reconhecidos, mas a não indicação para a atuação magnífica de Mia Farrow por O Bebê de Rosemary, nos anos 1960, é algo difícil de se explicar, ainda mais que o longa foi reconhecido em outras categorias e até venceu o prêmio de Atriz Coadjuvante.

  • Malcolm McDowell – Laranja Mecânica (1971)

Laranja Mecânica é o filme mais polêmico da carreira do mestre Stanley Kubrick, causou frisson na época do lançamento, é discutido até hoje e até foi reconhecido em outras categorias, sendo indicado até de Melhor Filme, mas simplesmente ignorar uma das atuações mais difíceis do cinema é um total absurdo. Um dos maiores anti-heróis do cinema, que muda da água para o vinho na segunda metade e ainda teve sua visão afetada teve seu trabalho reconhecido pelo mundo, menos pela Academia.

  • Alan Silvestri – De Volta Para o Futuro (1985)

Alan Silvestri é dos maiores compositores do cinema, em trabalhos consagrados como Forrest Gump, Vingadores entre outros, não dá para negar que a trilha clássica do De Volta Para o Futuro é das mais icônicas, mas quem disse que a Academia sabe disso? Simplesmente ignorou este trabalho incrível, imponente, marcante e sempre lembrada quando o assunto é viagem no tempo.

  • R. Lee Ermey – Nascido Para Matar (1987)

Olha o Stanley Kubrick novamente na lista. Não há como negar que Nascido Para Matar é dos seus filmes mais emblemáticos, sobretudo pelo tratamento desumano dado aos soldados para a Guerra do Vietnã. A atuação de E. Lee Ermey como o general linha dura é das coisas mais assustadoras da sétima arte e um trabalho como pouco se viu, mas foi totalmente ignorado pelo Oscar e o filme teve uma mísera indicação para Roteiro Adaptado.

  • Feitiço do Tempo (1993)

O clássico O Piano venceu o merecido Oscar de Roteiro Original e consagrou o trabalho de Jane Campion, mas a Academia simplesmente não reconheceu o roteiro genial e engenhoso de Feitiço do Tempo, sempre lembrado quando o assunto é viver o mesmo dia em looping. Talvez os votantes – e a opinião pública – não estavam preparados para lidarem com o novo. E se a categoria de Roteiro Original premia uma ideia engenhosa…

  • Courtney Love – O Povo Contra Larry Flynt (1996)

O Povo Contra Larry Flynt de fato foi reconhecido em duas categorias no Oscar: Ator para Woody Harrelson e direção para Milos Forman. Mas uma das coisas mais aclamadas do longa foi a atuação irretocável de Courtney Love, fazendo a esposa do protagonista, tão boa quanto ele, foi completamente ignorada. Considerando o conservadorismo dos votantes da época, provavelmente não indicaram a viúva de Kurt Cobain para não chamá-la para a festa. Fez mais do que muita gente premiada na ocasião.

  • Jim Carrey (O Show de Truman, O Mundo de Andy e Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças)

Esse é um dos maiores absurdos desta lista. Jim Carrey é muito reconhecido pela comédia e há muitos trabalhos icônicos, mas quando ele entra no drama, seus papéis são sempre elogiados, segue forte para a temporada de premiações, mas quando sai a lista do Oscar, nunca é lembrado. Seu papel em O Show de Truman é simplesmente hipnotizante e arrebatador, mas quem disse que os votantes da Academia concordam?

  • Scarlett Johansson e Evan Rachel Wood (Oscar 2004)

No Oscar 2004, Charlize Theron venceu o seu merecido Oscar por seu papel excelente em Monster, mas algumas performances icônicas, como Evan Rachel Wood por Aos Treze e Scarlett Johansson, por dois grandes papéis em Encontros e Desencontros e Moça Com Brinco de Pérola não foram consideradas na lista final do Oscar. Ao menos ambas tiveram reconhecimento pelas suas carreiras e estão em alta até hoje, mas este início poderia ter sido com mais louvor.

  • Batman – O Cavaleiro das Trevas e Wall-E (2008)

Se hoje o Oscar tem 10 indicados a Melhor Filme, um dos motivos foi a não indicação de Batman – O Cavaleiro das Trevas e Wall-E na categoria principal nos anos 2000. Ambos os filmes são aclamados até hoje e para a ala conservadora da Academia, o preconceito contra um filme de super-heróis e uma animação eram gigantes. Alguma coisa mudou ao longo dos anos?

  • Amy Adams – A Chegada (2016)

Amy Adams é das melhores atrizes de sua geração, é uma camaleoa tem tela e não é exagero dizer que seu melhor trabalho até o momento foi na excelente ficção científica A Chegada, no Denis Villeneuve. Desde as metáforas sobre comunicação, a entrega e estudo de personagem, o papel de Amy é completo, complexo e que deve ser reconhecido por gerações.

  • Animações:

Até o momento, somente 3 animações já foram indicadas na categoria de Melhor Filme – A Bela e a Fera, UP – Altas Aventuras e Toy Story 3. Todas mereceram, mas não devemos esquecer que outras grandes animações eram merecedoras também, mas esbarraram no preconceito de muitos votantes para os filmes animados, como Divertida Mente, Viva – A Vida é uma festa Homem-Aranha no Aranhaverso, Soul, só para citar algumas.

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Nerd: Raphael Brito

Não importa se o filme, série, game, livro e hq são clássicos ou lançamentos, o que importa é apreciá-los. Todas as formas de cultura são válidas e um eterno apaixonado pela cultura pop.

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