Dirigido por Joana Mariani, o documentário narra a trajetória dos 50 anos de carreira do ícone da música popular brasileira, Sidney Magal. E a chave para compreender as intenções do roteiro estão nessa primeira sentença.
Embora o documentário ensaie em diversos momentos mostrar mais do homem por trás do ídolo, ele encontra uma barreira invisível que o impede de ir além do tom leve que rege a narrativa. De fato, se trata mais de uma homenagem que uma biografia. E tendo isso em mente, podemos entender o porquê da escolha de se manter no raso. E isso não o faz menos emocionante, principalmente para os fãs.
Somos apresentados ao Sidney Magalhães, o homem por trás da persona pública, totalmente voltado para a família e menos espalhafatoso que seu alter ego. E é na companhia dele e de sua família que somos guiados por sua trajetória nesses 50 anos de carreira, através de um rico acervo de entrevistas antigas, recortes de revistas e jornais, fotos e vídeos caseiros. E digo, é impossível para um(a) fã deixar de cantar os grandes sucessos quando eles aparecem na tela.
Sem muito espaço para se aprofundar nas polêmicas e omitindo informações, Me Chama que Eu Vou encontra seu grande trunfo na figura de seu protagonista. Não tem como negar o carisma, desenvoltura e o entretenimento que Sidney Magal entrega.
Essa grande ode a uma trajetória tão rica acaba minimizando o fato de que grandes nomes, que foram importantes para marcar essa figura na história musical brasileira, não foram entrevistados. Assim como o fato de que polêmicas, mostradas no longa, não são confrontadas.
Me Chama que Eu Vou é um deleite para fãs. E, embora peque pelo tom contido, ele entrega exatamente o que se propôs: uma bela homenagem.
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