Três anos separam as últimas edições presenciais da CCXP22. Em 2019, o status era de maior evento geek/nerd do mundo. Era o auge, todos os ingressos esgotados. Então veio a Pandemia. As duas edições seguintes foram convertidas em eventos online, com uma diminuição evidente de sua relevância.
Em 2022 a espera acabou. Apesar das incertezas diante de um país em caos político e econômico, a CCXP mostrou que apesar do tempo de molho, não perdeu a majestade. Mas durante todo decorrer do ano, a dúvida se ainda existia hype para um evento desse porte pairava na cabeça de todos, inclusive na de quem apostou, ainda em 2021, na compra dos ingressos antecipados da volta presencial em 2022.
De fato, até poucas semanas antes do evento, poucos anúncios de impacto tinham sido feitos. Muitos quadrinistas já tinham confirmado presença, fazendo parecer que a Comic Con Experience se voltaria para o Artist’s Valley. Foi então que o primeiro grande anúncio veio: Keanu Reeves estava confirmado para falar sobre a tão aguardada sequência da franquia John Wick. Depois disso, vários outros anúncios bombásticos foram saindo semana após semana.
Mas, como foi a volta da CCXP22, afinal?
Fui para o evento como uma reles mortal, com um ingresso para os 4 dias e uma cortesia para a Spoiler Night, que, diga-se de passagem, é o melhor dia para participar das ativações e ganhar brindes. O evento ainda é pomposo, enche as vistas e se firma como uma das melhores experiências geek/nerd para os fãs. Mas devo dizer que nem tudo são flores. Essa edição foi também marcada por uma gama de falhas na organização. Desde o desdém para com uma parcela dos criadores de conteúdo, falha de comunicação da equipe de staffs para com o público e até falhas técnicas durante os painéis. Mas vamos falar disso num outro post.
O modus operandi ainda continua valendo: Quem quer entrar no auditório Thunder para conferir os painéis, tem que madrugar na fila, ou até mesmo passar a noite, como foi o caso dos painéis de sábado, que contavam com Netflix, The Last of Us, Prime Video e, claro, a Paris Filmes com Keanu Reeves. Assim como em edições anteriores, o palco do Omelete também recepcionou os artistas, com a diferença de que esse ano eles passaram por lá antes de entrar no auditório, dando a oportunidade para quem não conseguiu uma vaga no painel também poder ver os astros do evento.
As ativações dessa edição foram caprichadas, com direito a trampolim e tobogã na Globoplay, as brincadeiras do Round 6 na Netflix, e até escape room do Jack Ryan. A Fanta e a Neosaldina apostaram em gincanas, enquanto a HBOMax e a Prime Video investiram na imersão com as ativações de The Last of US e Os Anéis de Poder. Fora todas as outras ativações de photo opportunity. Todas com brindes tão almejados que geravam filas intermináveis, com duração de até 4h.
Para um evento pós-pandêmico, a CCXP22 sai com um saldo positivo, mas ainda precisa melhorar em vários pontos técnicos e comunicativos para que o evento evolua em qualidade e organização nas próximas edições. Que venha a CCXP23!
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