Jurassic World – Domínio, é o 6º filme de Jurassic Park e o terceiro longa desde que a franquia retornou em 2015. É novamente dirigido por Colin Trevorrow, traz a volta dos protagonistas Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, como Owen Grady e Claire Dearing, respectivamente, mas também este filme marca a volta do elenco consagrado dos anos 1990.
O filme anterior, Jurassic World – Reino Ameaçado, já havia trazido o retorno de Jeff Goldblum como o Dr. Ian Malcolm e neste filme aqui temos a volta de Sam Neill como Alan Grant e Laura Dern como Dra. Ellie Sattler.
Jurassic World – Domínio é a continuação direta de Reino Ameaçado e se passa 4 anos após a destruição da Ilha Nublar e com o mundo vivendo um aparente equilíbrio entre os dinossauros e os humanos, porém, a empresa multimilionária Biosyn pode estar manipulando muitos números, além de fazer testes em gafanhotos, que pode afetar esse equilíbrio.
Neste cenário, os doutores Alan Grant e Ellie Sattler são chamados para investigar essa empresa por dentro e o próprio Ian Malcolm já havia contado sobre os reais interesses da empresa. Paralelamente a isso, Owen e Claire decidem se isolar do restante do mundo, resolvem cuidar da jovem Maisie (Isabella Sermon) e protege-la, pois ela se trata de um clone da Charlotte Lockwood, filha já morta do sr. Lockwood.
A empresa Biosyn sequestra a jovem para estudar o seu potencial, seus pais adotivos vão atrás dela com a ajuda da Kayla (DeWanda Wise, uma das melhores personagens do filme). A garota acaba cruzando o caminho de Alan e Ellie, que por sua vez são ajudados pelo funcionário Ramsay (Mamoudou Athie, outro grande personagem) e começa uma desesperada corrida pela vida.
Jurassic World – Domínio é um pouco superior ao filme anterior, mas passa bem longe do filme de 2015 e mal arranha o clássico de 1993, mas tem muitos méritos.
Colin pode não ser nenhum Steven Spielberg, mas é um diretor muito competente em saber atiçar a plateia com uma diversão muito pipoca. Tudo isso embalado com a maravilhosa trilha de Michael Giacchino, que respeita o tema clássico de John Williams, mas tem identidade própria.
O longa é gigantesco, merece ser visto na melhor tela possível e não há o que duvidar de alguma indicação para efeitos visuais no Oscar, embora o CGI seja muito visível em muitos momentos, sobretudo no terceiro ato.
O elenco é muito competente, não há o que reclamar dos atores (embora o marketing esteja claramente preservando ou escondendo a imagem de Chris Pratt pelas polêmicas), porém, não dá para dizer que eles têm química de fato. Ao menos não neste longa. Chris e Bryce nunca tiveram uma química de fato desde o primeiro filme e o fato de serem um casal não convence até hoje. E há dois personagens veteranos que funcionam em tela como uma equipe, não como um casal como o roteiro teima em fazer.
Outro grande problema são os vilões, que já eram unidimensionais no filme anterior e aqui parecem tirados de um Super Sentai dos anos 1980, só que levados a sério. OK, o roteiro acertou nas metáforas sobre a arrogância humana e a tentativa do controle da natureza, mas errou feio no tratamento dos antagonistas.
Mas se o longa não soube trabalhar bem os vilões, o mesmo não pode dizer das estrelas do filme: os dinossauros. Para muitos, os filmes recentes do “monsterverse” errou em colocar os dramas humanos acima dos Monstros Gigantes, que foi um grande problema em Godzilla vs Kong ou Godzilla 2 – Rei Dos Monstros, por exemplo, mas aqui o roteiro dá mais espaço para os dinos, sabe o que o público quer, mas não esquece dos dilemas humanos. Eles estão lá, a plateia se importa com eles, mas não fica algo enfadonho.
Sem contar que em um longa como este não dá para esperar um drama de Oscar edificante, mas um bom entretenimento e momentos que o espectador não irá reclamar. Pode não ser brilhante, pode não ser o melhor da franquia, mas ao menos é um desfecho honesto para uma saga importante para o cinema, que trouxe os dinossauros de volta para a boca do povo e que atiça a imaginação de quem sonha em estudar esses seres importantíssimos para a vida na Terra.
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