O Casamento do Meu Melhor Amigo: 25 anos depois

O Casamento do Meu Melhor Amigo é uma comédia romântica lançada em 1997, dirigida por P. J. Hogan (O Casamento de Muriel), escrita por Ronald Bass (roteirista vencedor do Oscar por Rain Man) e conta a história de Julianne (Julia Roberts), uma crítica de culinária que está apaixonada pelo seu amigo Michael (Dermot Mulroney), eles já tiveram um lance no passado, mas ele anuncia que vai se casar com uma moça chamada Kimmy (Cameron Diaz).

Julianne vai fazer de tudo para atrapalhar este casamento, reconquistar o seu amado e quem acaba se tornando seu confidente é seu amigo George (Ruppert Everett), que é LGBTQIA+, mas vai fingir estar apaixonado por Julianne para fazer ciúmes em Michael.

O filme foi um sucesso de bilheteria, custando 38 milhões e faturando 300 nas bilheterias mundiais, mas estava desacreditado pelo estúdio, já que estreou no mesmo final de semana do aguardado Batman & Robin, que foi um fracasso de público, crítica e esta comédia ganhou o boca a boca da opinião pública.

Mulheres disputando o mesmo homem, sendo que uma quer atrapalhar o casamento da outra pode ser algo completamente errado hoje em dia (na verdade, em qualquer época) e de fato este é um problema deste filme, mas não dá para dizer que o longa envelheceu mal, muito pelo contrário.

O filme é hilário, é uma ode à tradição dos casamentos e é agradável para assistir. Os diálogos são inteligentes, rápidos e os atores estão muito à vontade em seus papéis, que, aliás, praticamente todos os envolvidos têm um carinho enorme por este projeto. O ritmo do filme não envelheceu nada, pois a montagem é frenética (algo difícil de notar em uma comédia), os cortes são muito precisos e há uma cena de perseguição no 3º ato que se assemelha muito com o cinema de ação.

Musicalmente, o filme é irretocável: além da trilha incidental maravilhosa de James Newton Howard, a seleção de músicas se tornou uma das coisas mais lembradas do longa. Logo na cena de abertura, somos agraciados com uma apresentação muito fofa de Wishin’ and Hopin‘. Minutos depois, vemos a personagem da Cameron Diaz cantando em um videokê a música I Just Don’t Know What to Do With Myself, de Nicky Holland, que anos depois foi regravada por The White Stripes.

Mas a cena musical mais lembrada de O Casamento do Meu Melhor Amigo é a cena de jantar que todos cantam a maravilhosa I Say a Little Prayer, que para muitos, esta é a melhor versão da música.

O elenco também está afiado, a química é inevitável (não apenas dos casais) e todos estão muito à vontade em seus papéis, principalmente o quarteto principal: Dermot Mulroney tem um papel ingrato em escolher entre as duas mulheres, mas o ator se encaixou bem como Michael. Ruppert Everett está completamente hilário, é a voz da razão para a sua amiga e o filme solta faíscas com a sua presença.

Cameron Diaz tem um dos papéis mais fofos de sua carreira: sua Kimmy é um misto de moça apaixonada, ingênua, mas que se mantém firme com a concorrência. Embora Cameron tivesse carreira antes, em especial por seu papel em O Máskara, ela já disse em entrevistas que foi a partir deste filme que ela se considerou uma estrela.

E por falar em estrelato, não tem como falar neste filme sem citar a grande Julia Roberts, que fez um de seus papeis mais queridos da carreira e está em praticamente todas as cenas. Aliás, este foi um filme importante em sua carreira, pois sua carreira estava em baixa na metade dos anos 1990, não emplacava um sucesso desde Uma Linda Mulher e foi justamente após o sucesso nas bilheterias que Julia deu a volta por cima e constituiu uma carreira de sucesso em filmes como Notting Hill ou Erin Brockovich, que lhe rendeu o Oscar.

O Casamento do Meu Melhor Amigo é uma das comédias românticas mais queridas e celebradas dos últimos anos. Revê-la é sempre um deleite e mesmo sendo errada em sua essência, dificilmente o espectador vai sair do filme sem um sorriso no rosto.

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Nerd: Raphael Brito

Não importa se o filme, série, game, livro e hq são clássicos ou lançamentos, o que importa é apreciá-los. Todas as formas de cultura são válidas e um eterno apaixonado pela cultura pop.

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