SARS-CoV-2 – O Tempo da Pandemia é um documentário brasileiro, lançado em 2021, com a direção de Eduardo e Lauro Escorel, traz os depoimentos de Paulo Chapchap, Drauzio Varella, Eugênio Vilaça, Gonzalo Vecina, Maurício Ceschin, Pedro Barbosa, Sidney Klajne, entre muitos outros profissionais da saúde, onde cada um conta seu ponto de vista sobre a pandemia da COVID-19, o impacto que ela teve no Brasil e porque fomos o 2º país que mais teve mortes no mundo.
Todos têm uma história diferente sobre como lidou com a pandemia, alguns estudaram como o vírus funciona, outros trabalharam para produzir as vacinas e outros ainda estavam na linha de frente de hospitais de campanha.
Uma coisa inteligente de O Tempo da Pandemia está em não se limitar apenas em ouvir os especialistas ou as pessoas mais conhecidas, mas também os enfermeiros e todos os profissionais de saúde que conviveram com os pacientes e vivenciaram o horror de perto.
O Tempo da Pandemia deixa claro e enfatiza tudo o que vimos pela mídia: o descaso do governo federal com a pandemia e com as mortes, embora o foco aqui não seja a política, mas a saúde, porém, é impossível desassociar as duas áreas e acompanhamos tudo de perto.
O início, em março de 2020, quando a pandemia era chamada de “gripezinha”, vírus chinês, com muita desinformação, fake news, troca de ministros da saúde, descaso com as vítimas (“e daí”, “não sou coveiro” e não devemos nos esquecer da deprimente imitação da falta de ar), a indiferença com a crise em Manaus e a cereja do bolo: o atraso com as vacinas e a propaganda de remédios sem eficácia.
E há duas coisas que todos os entrevistados concordam: a vacinação poderia ter acontecido com meses de antecedência se não fosse esse descaso e sem a saúde pública, sem o SUS, o cenário poderia ter sido pior.
O próprio Dráuzio Varella, provavelmente o rosto mais conhecido do documentário, reconheceu que no início não havia entendido a gravidade do que estava acontecendo no mundo e minimizou o vírus, mas que depois se retratou.
Outra coisa que todos deixam claro: o vírus não vai sumir, mas a pandemia sim. Com a vacinação em massa, este será mais um vírus no ar assim como muitos, como o da gripe, porém, vai chegar nas pessoas com menos força. Os casos vão diminuir gradualmente e as mortes podem ser raras (você conhece alguém que morreu de gripe próximo de você?)
No dia da escrita deste texto, o estado de São Paulo chegou a 70% da população imunizada e o número de mortes chegou a zero. É uma conquista que deve sim ser comemorada, mas que poderia ser de um país continental como o Brasil.
É difícil prever o futuro e como este período será conhecido nos livros de História, os especialistas podem fazer uma projeção de acordo com os seus conhecimentos, mas tudo o que foi passado vai ser difícil esquecer e será um divisor de águas para os historiadores. Tudo o que vivenciarmos daqui para a frente será “antes e depois da pandemia”, assim como outros fatos que abalaram o mundo, como o 11 de Setembro, Segunda Guerra Mundial, Revolução Francesa, Queda do Império Romano e por aí vai.
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