Escape Room 2 começa com uma recapitulação dos eventos anteriores e termina com um pontapé inicial de fato para um capítulo 3. O público que busca por puro entretenimento, com certeza terá suas expectativas atendidas. Em Escape Room 2 temos as emoções “adolescentes” ainda mais agitadas.
Apesar de não dar quase nenhuma atenção a complexidades inteligentes, desenvolvimento de personagem ou mitologia de fundo, Escape Room 2 é uma continuação divertida. Oferece armadilhas mortais mais bacanas e um suspense que suspende a descrença.
Escape Room 2, aqui chamado de Tensão Máxima, tem em seu título original “Tournament of Champions” (Torneio dos Campeões) a explicação do que veremos. Agora estamos lidando com os melhores dos melhores, um grupo selecionado de sobreviventes de Escape Room, aqueles que enganaram a corporação maléfica, Minos.
Zoey (Taylor Russell) e Ben (Logan Miller) saíram ilesos de seu labirinto cheio de armadilhas, mas ficaram assombrados pelo que viveram. Zoey está ansiosa por vingança e então leva Ben para Nova York, onde algumas coordenadas misteriosas irão supostamente levá-los à sede do chefão. Mas a Minos tem outros planos e antes que eles tenham tempo para perceber, estão de volta em outro jogo com alguns jogadores exaustos.
A escolha dos jogadores permite que o filme ultrapasse obstáculos que muitas vezes se mostram problemáticos para os horrores de grupos em perigo. A dinâmica geralmente envolve pelo menos um criador de problemas incrédulo ou alguém cuja má tomada de decisão cause uma carnificina evitável de revirar os olhos.
Desde o início os competidores estão compreensivelmente furiosos com sua situação, mas também são motivados e experientes na solução de problemas. Cada personagem rapidamente consegue resolver os quebra-cabeças juntos e, embora as próprias pistas possam não se sustentar na luz clara do saguão do cinema, é uma explosão vê-las se revelando.
Escape Room 2 é mais do mesmo?
Com certeza é uma fórmula repetida, mas ainda há um senso de criatividade diabólica, com cada quarto é muito bem projetado. Embora uma classificação PG-13 muitas vezes pareça uma censura desajeitada em horror de amplo lançamento, aqui temos a maldade suficiente sem que o filme precise chegar ao exagero da franquia Jogos Mortais.
A ousada construção do mundo do diretor Adam Robitel e seus quatro escritores pode ser totalmente absurda. Mas sua ambição é admirável! E sua energia é impulsionada por um conjunto de performances, em particular por Zoey (Tayler Russell) que traz sensibilidade junto com tenacidade. E Brianna Collier (Indya Moore) que é uma das jogadoras mais determinadas.
O filme tropeça no final, tentando grandes oscilações que quase não acertam, expandindo o universo de Escape Room para um tamanho que parece sobrecarregado. Mas mesmo com esse exagero, o próprio fato de que está tentando torna difícil não gostar. As regras podem não fazer sentido, mas você se divertirá jogando junto de qualquer maneira.
E fique atento para o início do filme que dá dicas importantes sobre o futuro da franquia, se conectando diretamente ao final do primeiro filme.
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