Godzilla vs Kong: O Confronto Épico

O mais novo capítulo do “Monstroverso” cinematográfico (universos de monstros), o longa Godzilla vs Kong tem como premissa exatamente o que o título sugere: um embate épico entre estes dois titãs. Filme produzido pela Warner Bros. Pictures e Legendary Entertainment, nos traz o confronto devastador entre estes dois seres icônicos do cinema.

O filme segue a cronologia cinematográfica dos últimos filmes lançados sobre ambos (Kong: A Ilha da Caveira, Godzilla II: Rei dos Monstros), se passando 3 anos após todos os ocorridos. Alguns pontos que não foram explicados e ficaram um tanto quanto estranhos, estão relacionados ao Kong e sua interação com os humanos. O primeiro é que, logo de início, vê-se o Kong confinado em uma gigantesca redoma de contenção / proteção mas pouco tempo depois é dito que o Kong não se curva ou obedece ninguém. Então, como conseguiram colocá-lo nesta contenção em primeiro lugar ?

Um segundo momento se dá quando o transportam de navio pelo mar, e novamente, não se mostra ou explica como conseguem sedá-lo e colocá-lo em um navio acorrentado. Apesar de haver uma conexão entre Kong e Ilene Andrews (Rebecca Hall) e a pequena Jia (Kaylee Hottle), ele claramente fica bravo quando percebe que está acorrentado, então a pergunta permanece: Como fizeram para colocá-lo no navio sem que houvesse resistência?

À princípio, a trama de Godzilla Vs Kong gira em torno do retorno do Godzilla após 3 anos inativo e acaba atacando uma cidade na costa dos Estados Unidos, destruindo um local da Apex (uma empresa de tecnologia). Isso deixa todos assustado e apreensivos, pois é o primeiro ataque dele contra seres humanos sem uma visível provocação contra a criatura. O fato dele destruir justamente o local da Apex e nada mais, nem chegou a despertar o questionamento sobre a empresa estar envolvida ou não na motivação do ataque, o que pareceu estranho.

Um último momento em que ficou falha a interação de personagens, se dá mais para o final do filme, onde um dos personagens viaja dos estados unidos até o japão para resolver problemas do trabalho e quando ocorre toda a destruição na cidade onde se encontra, descobre que sua filha misteriosamente se encontra no mesmo local que ele e ao encontrá-la, nem sequer pergunta como ou porque ela está lá. Não seria a reação normal de uma pai para sua filha em uma situação como a que ocorre no filme. Alguns detalhes e situações como estas ficaram sem suas devidas explicações e não foram bem trabalhadas, gerando furos na história, mas que não comprometem o filme como um todo.

Em contrapartida, o filme agradou bastante visualmente e os efeitos especiais são satisfatórios, tendo poucos momentos que possa incomodar ou se pensar que poderia ter ficado melhor. As cenas de luta entre os titãs ficaram boas, conseguindo emanar a adrenalina e tensão do embate entre eles e o impacto que causam ao seu redor.

Algo que foi bem trabalhado e agradou, é o vínculo do Kong com a pequena Jia, mantendo a característica marcante dos filmes dele. Em relação à ambos os titãs, mas principalmente com o Kong, foi muito bem desenvolvido a questão das reações e feições, deixando bem claro as expressões, reações e sentimentos deles. E isso um dos grandes pontos positivos, pois mostra o lado “humano” deles, que são muito mais do que meros monstros.

No decorrer da história, há alguns momentos com reviravoltas e surpresas boas, que animam e fazem o espectador se envolver mais. Apenas na execução das cenas e etapas da trama que houveram alguns furos e falhas, mas que o restante consegue compensar e manter a experiência como um todo, positiva. Pelo que o filme se propõe, o filme é satisfatório e entrega o prometido.

Agradou bastante fazerem a luta épica se dar no japão, já que o Godzilla é originário de lá e já virou até meme sobre o fato que monstros e criaturas sempre aparecerem e lutarem no japão! Me diverti muito com essa “homenagem”, já que é um clássico ter cidades do Japão sendo destruídas por monstros!

Tudo considerado, Godzilla vs Kong se mostrou uma boa experiência cinematográfica e entrega o que se propõe. Portanto, filme recomendado para os fãs do gênero e de ambos os titãs!

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Nerd: Guilherme Vares

Formado em Ciências da Computação e Pós em Jogos Digitais, aspirante à Game Designer, tendo Rpg e boardgames injetados diretamente na veia, adepto de jogos em geral e voraz consumidor de livros, séries e filmes.

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