2009 foi o ano em que a Riot lançou League of Legends (a trancos e barrancos que acontecem até hoje). Com o tempo, o game foi se desenvolvendo, a comunidade aumentando e a concorrência crescendo.
Por conta disso, a Riot decidiu aventurar-se por terrenos nunca antes explorados por eles: o mundo dos quadrinhos.
Faz só dois anos que comecei a jogar o famoso lolzinho, mas já sabia que as lores (histórias) do universo de Runeterra, onde acontece o jogo, é uma das coisas mais ricas e menos valorizadas desse mundo fictício. Com a concorrência crescendo e o interesse dos jogadores voltando-se para outros games, a empresa sentiu que precisava aproveitar-se do material que tinha desde o início e lançou o primeiro quadrinho: Ashe Mãe de Guerra. Feito em parceria com a Marvel em julho de 2019.
E eu pude ler a edição de colecionador que tem o total de 144 páginas e explora as origens da Ashe, um dos champions mais antigos do MOBA.
“Criada nas florestas selvagens do norte, Ashe é uma Glacinata, uma guerreira dotada de uma conexão mágica com sua terra congelada e sobrecarregada pelas expectativas fanáticas de sua mãe. Quando ela e sua tribo partem em uma perigosa busca pela verdade por trás de um antigo mito, laços são quebrados, segredos são revelados e o destino de Runeterra é transformado para sempre. Será que a jovem Ashe se tornará a líder que seu povo precisa? Ou seria o destino apenas um sonho vazio?”
Nos quatro volumes inclusos na edição de colecionador, podemos conhecer as terras tribais e geladas de Freljord, e entender um pouco como a sociedade funciona. O foco na personalidade impiedosa da mãe de Ashe traz um contraste impressionante para o comportamento da protagonista que, apesar de ser criada sob o gelo impiedoso do norte, é gentil e bondosa com seus futuros súditos.
Lutando entre escolher o lado racional e seguir as ideias fanáticas da mãe, Ashe sai junto com alguns integrantes da tribo em busca do Trono de Avarosa e pelo caminho enfrenta diversos perigos, encontra velhos amigos (aqui, quem conhece um pouco mais da lore vai pirar) e passa por provações.
Ashe Mãe de Guerra é a receita para a história de origem de um herói, com trama simples, mas que adiciona mais camadas a personagens já conhecidos.
A arte é de tirar o fôlego. Temos dois traços diferentes entre os 4 volumes. Ambos são muito bonitos, mas pessoalmente prefiro o primeiro, mais fino e preciso, com cores mais suaves e menos saturadas.
Em geral, Ashe Mãe de Guerra foi uma ótima maneira de começar a explorar o mundo dos quadrinhos com um universo já rico de histórias e personagens, contendo uma grande quantidade de reviravoltas na trama e personagens interessantes para uma primeira série. Em apenas 144 páginas, vemos a protagonista passar por muitas provações e ser abrigada a se transformar de uma filha gentil e bondosa em uma líder Glacinata forte e obstinada, sem perder sua essência.
Apesar de ter a versão física, que custa R$49,90 pela Loja Panini, você pode ter acesso a todos os volumes no site de League of Legends Universe. Lá você pode ler a versão digital e também a nova série da personagem Lux.