“O que falar desse jogo que conheço há tão pouco tempo e já considero pacas?!” Deixando o modelo de depoimento de Orkut de lado, começo o texto batendo palmas em pé para os criadores de South Park. Não acompanhei o desenvolvimento do jogo, nem sabia que estava sendo produzido, só soube quando o vi na TV. Ou foi em algum site? Ou vídeo? Sei lá. A única coisa que gravei da informação foi o anúncio do jogo. E fui atrás.
Eu nunca tive um contato muito grande com South Park enquanto crescia, pois minha mãe não gostava que assistíssemos ao desenho. E só lembro, das poucas vezes que vi, de ser legendado. E de chorar porque o Kenny morria em um episódio sobre células-tronco. Hahaha, ai, só eu mesmo pra chorar com a (uma das) morte(s) do Kenny. Mas em minha defesa, era um episódio muito triste. Foi só nos últimos 3 anos foi que comecei a ter um contato maior, mas ninguém quer saber sobre isso. Vamos logo ao que interessa.
South Park: The Stick of Truth teve o roteiro elaborado pelos próprios criadores, que frustrados com as histórias dos outros games, resolveram fazer direito eles mesmos. E conseguiram. O jogo nada mais é do que um enorme episódio interativo de South Park, onde você é um dos personagens, aliás, o personagem principal! O jogo foi lançado no dia 04/03, para PC, XBOX 360 e PS3. Algumas partes do jogo sofreram censura na Austrália e na Europa. E é fácil saber o porquê. O humor do jogo segue exatamente o humor ácido, perturbador, ofensivo e sem limites da série. O que o torna maravilhoso e revoltante, no quase bom sentido! :p
O RPG começa com a apresentação da “história” do KKK, Kondado do Kastelo de Kopa. Você já deve saber quem está por trás dessa história, não é? Na história, os humanos do Kondado enfrentam os Elfos de Larnion para manter o poder sob o Cajado da Verdade, pois quem o possui controla o universo. E a chegada de um novato que mudará tudo…
O jogo nos permite criar e personalizar nosso personagem, uma coisa pela qual eu estava esperando MUITO! Podemos escolher entre etnia, roupas, cabelos, marcas faciais, óculos… E tudo altamente personalizável entre cores primárias e secundárias de cada peça. Eu criei um mini-wolverine pra viver a aventura 🙂
Eu mal vou comentar o fato de não se poder criar uma personagem feminina. Qualé! Só vou registrar que fiquei muito magoadinha com isso. Hump. Talvez eles não tenham achado muito viável submeter uma menininha a passar pelas coisas que o personagem passa. Mas, cá entre nós, nenhum ser humano deveria passar por algumas dessas coisas. o_o hahahaha!
Mas, enfim. A história realmente começa com você e sua família se mudando para a tranquila e pacata (cof cof!) cidadezinha das montanhas, South Park. Sua família está muito feliz com a mudança, mas tem algo estranho no ar. Eles falam sobre algo que você fez, algo de que pelo jeito você não se lembra, e pelo visto a mudança vai servir para “mudar os ares” e deixar para trás o que quer que tenha acontecido. Eu já espero pelo pior do pior do pior do pior. Depois do episódio da vingança do Cartman contra o garoto que vendem os pelos pra ele, não me surpreendo mais com esse desenho. Enfim, eles insistem para que você saia e faça novas amizades. Essa é sua primeira missão.
O cenário é complexo e bastante interativo. Você pode pegar (furtar) coisas de dentro de gavetas, latas de lixo, garagens, telhados, baús… praticamente tudo com uma maçaneta amarela ou um cadeado, se você tiver a chave. Os itens vão desde coisas inúteis, carrinhos, bonecos, cartões de baseball até armas e equipamentos. Para quê?! Calma lá. Já explico.
(Interativo até demais, eu diria)
O que mais me deixou encantada foi a Database que prepararam para o personagem. Contamos com todas as informações necessárias, desde itens de inventário, missões, habilidades, coleções, acesso ao mapa, uma cópia de um “mural de Facebook” e futuramente informações de poderes, equipamentos e missões extras. É tudo bem detalhado e completo, ainda bem, pois me perdi várias vezes sem lembrar o que era pra fazer em tal missão, ou onde ir para completá-la.
Explorar a cidade é a melhor parte! Encontrar os personagens da série, fazer amizade com eles (ou arranjar confusão com alguns!), bater nas pessoas, roubar seu dinheiro e itens, soltar pum com o botão direito no mouse… Epa, peraí, GTA ou South Park? Eu notei muitas semelhanças positivas entre os dois, tirando o formato das lutas. Mas explorar a cidade entre uma missão e outra com total liberdade e acumulando missões extras pelo caminho é reconfortante, e divertido! Há vááários easter eggs pela cidade, em murais de anúncios ou em conversas, e as lembranças que eles trazem dos episódios tornam tudo mais íntimo, como se você estivesse mesmo assistindo a tudo. E participando.
O mapa é bem grandinho. Você pode ir andando pelos lugares ou pegar uma carona com Timmy (TYMMAAAH!!), que depois de um tempo, é a melhor opção. Cumprir as missões exige muito de lá pra cá, e por mais legal que seja interagir com o cenários e os personagens espalhados por ele, você quer logo ver a história acontecer!
Mas, vamos lá, voltando a história. Ok, você sai e vai procurar amigos. E logo encontra o lindinho do Butters em apuros contra um elfo. Você vai lá, soca o elfo e defende Butters, que como recompensa vira seu amigo e o leva para conhecer o Mago. E quem você acha que é o Mago por trás do “KKK”?
O Cartman, claro! O garoto mais simpático, bonito e nem um pouco gordo de South Park. Ou pelo menos é assim que ele se imagina!
(Estão vendo aquela “maçaneta” amarela na garagem? Sim, você pode explorar a garagem dos outros e… “pegar emprestado” alguns itens!)
(Eu quase tirei print de todas as falas do jogo no começo! Mas não vou estragar todas as piadas!)
Vocês vão para o quintal de Cartman, quer dizer, para o Kondado do Kastelo Kopa. E lá eles te apresentam a todos os “nobres integrantes”, suas funções e a história dos humanos e elfos. E sobre sua esperada chegada como o novato que teria um papel muito importante na proteção do Cajado da Verdade. Que por o acaso, é um galho. Hahahahh!
Então, é chegada a hora! Você é convidado a fazer parte dessa incrível legião de guerreiros… Ou quase isso! Você pode escolher dentre as opções abaixo:
Eu queria muito ter tirado print dos comentários do Cartman sobre cada uma das classes. Mas não sei se seria politicamente correto, ahahah! E outra, vou deixar no suspense e emoção, não darei mais spoilers de piadas, prometo! Eu escolhi ser um Ladrão. Em homenagem a minha falecida gatuna do Ragnarok. 🙁
Você passa por um treinamento de como acontecem as lutas no jogo. Nunca gostei muito do estilo de luta de RPG, mas nesse vem bem a calhar ter tempo para decidir quais as melhores armas, magias e ataques especiais para serem usados contra os inimigos. Ah, sim! Até onde eu joguei, você está sempre acompanhado de outro personagem, que luta com você, e você é quem o controla. Nada mal uma rodada de ataques a mais, não é?!
A diversidade de poderes, armas e magias a serem utilizadas aumenta conforme o jogo for avançando e você for subindo de nível. As armas podem ser encontradas nos mais diversos lugares, e tomadas de inimigos quando você os derrota. Após algumas missões, Cartman lhe ensinará novos poderes (podreres, eu diria!), sempre dando um tutorial de uso para cada um.
A interação das batalhas é muito legal! Seus companheiros possuem poderes específicos que podem ser combinados com os seus para derrotar os inimigos com estratégias bem boladas e engraçadas!
A cada novo pedido de amizade, você pode ganhar a influência certa para aumentar o nível de seus poderes.
E finalmente, um print do “mural de Facebook”. Durante o jogo, você recebe várias mensagens de seus amigos, e vários pedidos de amizade, como citado acima. Adorei essa preocupação do jogo em te manter entretido de várias formas diferentes, não apenas com a história central e as lutas, mas os quebra-cabeças de cenário, missões extras, itens colecionáveis para serem encontrados ao longo do cenário… O jogo te surpreende e diverte constantemente, sem perder a qualidade do melhor do humor que South Park nos oferece!
Tentei não falar muito além do que vai acontecer no jogo, para não estragar a história para ninguém, mas uma coisa eu garanto: Vale a pena! Para quem é fã, um jogo e tanto, sem botar defeitos! Viciante, engraçado e feito para agradar em todos os aspectos. Até onde joguei, tem sido uma experiência pra lá de agradável e divertida! Um pouco impactante, mas daquela forma humorada que só o desenho consegue ser, nos ofendendo, e nos fazendo rir disso. E querer sempre mais!
Bom nerds, deu pra entender que o baguiu é loko, né? Agora me deem licença, que vou lá terminar de ajudar meus amiguinhos e socar a fuça de alguns elfos. Te espero em South Park, nobre cavaleiro!