Terror, drama, ficção científica, suspense, filmes de super-heróis… Anya Taylor-Joy, mesmo aos 22 anos, já atuou em filmes para todos os gostos. Muitas acham que os únicos trabalhos dela são A Bruxa (2015), Fragmentado (2017) e Vidro (2019), mas ela já trabalhou em outros filmes, menos conhecidos, mas igualmente bons.
Anya é tem uma longa nacionalidade: sua mãe é espanhola e inglesa e seu pai, escocês e argentino. Mesmo tendo nascido em Miami, ela viveu sua vida toda na ponte aérea Argentina-Inglaterra. Mas agora tem uma nova parada no caminho: Hollywood. Após o sucesso de A Bruxa – mesmo tendo dividido bastante a opinião de fãs de terror –, ela atuou em mais alguns filmes de menor sucesso, assim como filmes para televisão e séries, mas três obras em particular merecem mais atenção.
Em 2016, mesmo ano em que brilhou em Fragmentado, protagonizou em filme de ficção científica em que parece bem mais nova do que no filme de Shyamalan: Morgan, o qual ela faz o papel de um “organismo híbrido vivo com a capacidade de tomar decisões de forma autônoma e de ter respostas emocionais de forma sofisticada”. Basicamente, ela é uma inteligência artificial. Morgan vive aprisionada com a equipe de cientistas que a criou, pois, após um “acidente” com um dos integrantes, ela teve que ser contida e analisada por especialistas para garantir a sua qualidade e continuidade. O filme é interessante, um bom entretenimento para um dia chuvoso e preguiçoso, mas é a atuação de Anya Taylor-Joy que ganha o telespectador. Ela não brilha como fez em A Bruxa, não por não ser talentosa, mas por não ser um roteiro que a aproveite como ela merece. Porém, em Morgan, já podemos perceber o quanto a atriz é versátil.
Já em 2017, Anya surge com dois filmes incríveis. O primeiro título é O Segredo de Marrowbone. Lembro-me de quando vi o trailer e críticos falando que esse filme seria sensacional, um sucesso de bilheteria. Uma coisa de que não me lembro é ter visto esse filme em cartaz nos cinemas brasileiros… O que é uma pena. O Segredo de Marrowbone conta a história de uma família que se muda da Inglaterra para uma cidadezinha dos Estados Unidos, aparentemente fugindo de algo ou alguém. Abrigando-se em uma casa afastada da cidade, a única pessoa fora da família com quem eles tem mais contato é a vizinha Allie, interpretada por Anya, que cria um forte laço com a família e logo inicia um relacionamento com o filho mais velho. Apesar de este ser o segundo filme citado aqui, o assisti por último, então ver atriz fazer o papel de namorada de alguém foi um pouco esquisito no começo. Isso, em minha opinião, só mostra o quanto Anya Taylor-Joy não é só uma grande atriz, mas também um mulherão, que, mesmo com excelentes atores (como James McAvoy) contracenando ao seu lado, ela se sustenta sozinha, sem precisar de um par romântico para que se destaque nos filmes. Entretanto, mesmo com esse detalhe de ela ter um namorado em Marrowbone, isso não a diminui. (SPOILER, mas bem genérico: muito pelo contrário, ela é a chave para resolver todo o conflito e Anya se mostra uma maravilhosa atriz fazendo diferentes papéis com o mesmo assunto em foco.)
Já em seu segundo filme de 2017, Puro-Sangue, ela não só brilha, como ofusca. Dos três comentados aqui e com exceção de A Bruxa e Fragmentado, o melhor filme dela até agora. Ao lado de Olivia Cooke (Os Crimes de Limehouse e Bates Motel) e Anton Yelchin (Star Trek), o filme é dito como um “Psicopata Americano encontra Atração Mortal”. Acompanhamos duas adolescentes da classe alta do subúrbio de Connecticut que se reaproximam após uma delas, Amanda (Olivia Cooke), eutanasiar seu cavalo e estar sendo julgada pelo crime de maus-tratos aos animais. Após uma sessão de estudos na casa de Lily (Anya), as meninas reatam a amizade, uma amizade tanto quanto esquisita, diga-se de passagem, o que não é nada bom, nem saudável para nenhuma delas. Enquanto Amanda tem algum tipo de distúrbio o qual a impede de ter qualquer tipo de sentimentos e ser extremamente esperta e calculista, Lily tem as emoções à flor da pele o tempo todo, o que a torna impulsiva e muitas vezes não a deixa ver as coisas com clareza. O filme é vendido como um thriller de humor negro, mas achei que tem um tom um pouco dramático. É daqueles filmes que, ao subir os créditos, te faz pensar. Tem uma forte crítica social e prova que filmes com meninas adolescentes, geralmente ricas, não são só sobre futilidades ou drogas, sexo e rock’n’roll. Puro-Sangue é genial e tem cenas sensacionais.
Agora em 2019, teremos uma – possivelmente – agradável surpresa: Os Novos Mutantes está programado para estrear em agosto desse ano e teremos Anya fazendo o papel de Illyana Rasputin. Além de mais três filmes em pós-produção e de uma série animada da Netflix com Anya dando sua voz a uma das personagens principais, junto com Taron Egerton (Kingsman).
Agora só precisamos torcer para ver Anya Taylor-Joy crescer, aparecer e brilhar ainda mais, pois temos uma nova estrela talentosíssima em Hollywood. E para que ela apareça ruiva em algum de seus novos filmes, porque já sabemos o quanto ela é linda tanto loira, quanto morena.
Chamada: Desde uma vítima de maus tratos da própria família até uma adolescente rica do subúrbio, Anya Taylor-Joy dá a vida com prestígio a papéis que sempre tem um aspecto em comum com ela mesma: ser um mulherão!