Você pode trocar a pergunta do título por: como fazer o que você ama pode mudar uma vida?
Todo mundo sonha em “fazer o que ama” como seu “ganha pão”. Mas os problemas do nosso cotidiano insistem em sempre tentar nos afastar disso. E pra piorar, muita gente sequer sabe o que ama fazer e tem medo de tentar a aprender ou desenvolver pequenos interesses. Um dos mais subestimados é a habilidade de desenhar, que além de não ser incentivada corretamente durante a nossa infância, sofre muito preconceito como uma profissão “séria”.
Desenhar é uma maneira muito importante do ser humano expressar suas emoções, experiências e conhecimento, além de ser uma das formas mais antigas de se contar histórias. E basicamente todo utensílio ou ferramenta necessita de pelo menos um esboço inicial, afinal seria praticamente impossível construir algo apenas seguindo instruções estruturadas. Na verdade, quando temos uma ideia, visualizamos alguma imagem mental e depois transformamos isso em instruções e palavras. Logo, o nosso desenvolvimento seria infinitamente mais lento se não “pensássemos em imagens”.
Sendo assim, parece até piada termos uma visão tão limitada sobre como os desenhos podem ajudar a moldar a nossa sociedade e como desvalorizamos tanto a aplicação desta arte.
Nem todo mundo é ou deseja ser um artista, mas todo mundo em algum momento da vida já teve o mínimo de interesse pela arte. E pode ter sido desmotivado por várias pessoas a deixar isso de lado, geralmente com a frase “desenho não dá dinheiro”. Alguns ainda tentam se manter no “caminho da Força”, mas estão tão acostumados a visão pragmática das coisas, que conseguem pensar apenas em desenhar para um grande estúdio (como a Disney) ou para uma grande editora de HQs (Marvel / DC).
Porém há alguns anos um nome vem tentando mudar essa imagem, através de seus desenhos, cursos e palestras: Ivan Querino! O cara já passou por todas as dificuldades que um ilustrador, desenhista ou artista passa e sabe como é sentir na pele a desmotivação e o preconceito de não ser visto como um “trabalho sério”.
Mas foi através destas dificuldades (e me arrisco a dizer, por causa delas) que ele conseguiu levar sua arte a outro nível: provar para as pessoas que desenhos podem ir muito além de animações ou HQs, podem permear as mais diferentes áreas e mais que isso, podem criar grandes empreendedores!
E cada ano ele está tentando ir além: no ano passado ele realizou o seu primeiro evento ao vivo e foi um sucesso! Ele tinha promessa de fazer com que os participantes evoluíssem 2 anos em 2 dias! Mas não somente com palestras de grandes ilustradores, como ele próprio, mas de pessoas que possuem a visão de como o desenho pode ajudar na evolução pessoal e profissional.
Neste ano, durante os dias 07 e 08 de Setembro, irá acontecer o segundo evento ao vivo organizado pelo Ivan: o EuDesenho Xperience! Eu pedi para que ele respondesse 3 perguntas falando não somente sobre o evento, mas sobre o trabalho que ele desenvolve, dando mais motivos pra você que sempre teve curiosidade / interesse em aprender a desenhar, seja como hobby, seja como um profissional, esteja presente no evento. E claro, para você que já é um profissional, mas não consegue mais pensar “fora da caixa” e se sente travado na carreira.
Como você acredita que a arte, o desenho em especial, pode ser utilizado para aproximação das pessoas em um mundo tão digital?
Ivan: Assim como o esporte, a arte como um todo é uma ferramenta de inclusão e educação, o desenho não tem idioma e pode ser feito tanto em um computador da NASA quanto no asfalto com tijolo, além da beleza da arte por si só, o desenho muda o dia de quem ganha um retrato ou uma caricatura e cria tribos de pessoas apaixonadas por quadrinhos, games, mangás, etc.
Desenho e empreendedorismo: temas que parecem tão distantes mas que você aproximou e se tornou referência. Como “pensar fora da caixa” e achar conexões entre mundos que parecem não ter ligação?
A pergunta que eu sempre faço é: se você pode ganhar um salário fazendo algo que não gosta, por que não pode ganhar um salário fazendo o que gosta?
A partir do momento que você se diverte trabalhando, você tem mais vontade de trabalhar e, consequentemente as oportunidades aparecem e você ganha mais.
O grande problema é que o desenho é visto (inclusive por quem desenha) como uma profissão que não dá futuro, mas imagina uma livraria cheia de livros sem ilustração na capa, um corredor de supermercado com todas as embalagens da mesma cor, ou um filme sem cenário, figurino. Minha missão é justamente abrir os olhos dessa galera e mostrar que o desenho tá em todo lugar e as oportunidades existem como em qualquer outra profissão.
Por que o evento ao vivo? Eventos presenciais são mais caros e trabalhosos de se realizar. O que te motiva a fazer isso mesmo assim e com tanto empenho?
Em 2002 eu dei minha primeira aula de desenho, aquele momento mudou minha vida e eu decidi que teria uma escola. Em 2012 realizei o sonho de ter a escola, mas ela faliu em 6 meses e eu recomecei do zero no mundo online, mas como eu disse antes, o desenho une as pessoas e quem sonha com isso, geralmente é chamado de louco pela família, pelos amigos e acaba se sentindo sozinho.
Um dos objetivos do Eudesenho Xperience, além de potencializar o aprendizado, é promover a conexão de pessoas com as mesmas dificuldades e os mesmos sonhos, pra que a gente possa tornar essa profissão cada vez mais valorizada.
Quando a maré sobe, todos os barcos sobem.
Quer saber mais sobre o evento e os cursos do Ivan? Basta você acessar o site dele clicando aqui! Ah, O Ivan me honrou com o convite para palestrar lá falando sobre como os desenhos podem ser usados dentro da cultura nerd (além de obviamente o que já citei lá no começo).
Isto fica feliz em ser útil!