Ragnarök Online: O queridinho coreano do Brasil

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Poring, a bolinha rosa mascote da série.

Independente de ter vivido a época de ouro dos MMORPG – que foi ali dos anos 2000 até 2010, mais ou menos – com certeza você conhece alguma coisa sobre Ragnarok, já ouviu falar ou ao menos – mesmo sem saber – já viu algum elemento do jogo na cultura geek (uma bolinha rosa simpática chamada poring, pelo menos).

O Jogo 

Ragnarök Online foi desenvolvido pela desenvolvedora sul coreana Gravity Corp, no ano de 2002, e chegando em terras tupiniquins em 2004, graças a nossa queridissima, Level Up, sendo o primeiro jogo coreano exportado a se dar bem por aqui, completamente traduzido e localizado, com servidores tanto gratuitos como pagos.

Não é difícil entender o porque de RO ter sido uma febre na época, o jogo tem um carisma muito grande em todos os seus personagens, uma história de fundo muito boa (para quem se interessava em ir atrás), e um sistema simples, mas robusta de RPG. Ao iniciar sua jornada, você poderia escolher uma entre 6 das classes iniciais, sendo elas, Espadachim, Mago, Arqueiro, Mercador, Gatuno e Noviço, cada uma com suas vantagens e desvantagens, com uma árvore muito grande de habilidades e itens exclusivos.

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Personagens 2D e cenário 3D, simplicidade que agrada os fãs até hoje!

A progressão em RO com certeza era um dos seus pontos altos (claro, para quem gostava). Em servidores mais tradicionais, era necessário batalhar bastante – literalmente – para se conseguir algo. O seu loot geralmente era bem escasso, itens mais valiosos,como equipamentos e cartas – essas que forneciam muitas vantagens para seu personagem, desde melhoria em status até novas habilidades – tinham uma chance de menos de 1% de caírem do monstro, isso mesmo, menos de 1%! Aliado a isso, conforme seu personagem subia de nível, a experiência que ele recebia diminuía exponencialmente, forçando-o a fazer mais missões, matar mais bichos e se arriscar mais. O sistema de evolução de classes também não era moleza, caso você quisesse evoluir da sua classe base, era necessário também, fazer uma missão específica, que não incluía apenas um nível em específico, mas muitas vezes trazer itens complicados de se arrumar, chegar a lugares inóspitos ou matar monstros bem difíceis, tudo no game era uma aventura!

Apesar da dificuldade alta, o game conseguiu trazer um espírito de união muito forte, um dos elementos fundamentes num massively multiplayer online RPG – ou para os mais íntimos, MMORPG – não era difícil ver vários amigos se juntando para fazer uma missão, ou apenas ficando online para conversar nas ruas de Prontera ou Geffen, existem até pessoas que fizeram amigos na vida real por intermédio do jogo, o fator humano e social do game sempre foi muito forte.

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Morroc sempre foi uma cidade movimentada

 Repercussão no Brasil 

Não é atoa que Ragnarök é o queridinho dos brasileiros no quesito MMORPG, o jogo se deu muito bem aqui, e muito disso por conta do ótimo marketing da Level Up! Cientes da qualidade inferior da nossa internet na época (coisa que não mudou muito, mas ok), a empresa fez larga distribuição do CD de instalação do jogo em revistas, muitos de vocês não devem nem saber o que é isso, mas nos anos 2000, essa era a única forma (ou a mais segura) de se ter um jogo. E deu muito certo, os personagens desenhados estilo anime saltavam ao olhos dos jovens da época, aflorando a curiosidade. Tanto que o jogo ajudou a fortificar a cultura otaku nesse tempo, tendo impacto até hoje.

 Não tão em alta mais 

Lembrar de Ragnarök é lembrar de uma época mais simples, internet discada e menos responsabilidades. Infelizmente, essa época passa, como a do jogo também. O gênero perdeu sua majestade para o MOBA e também os FPS. Atualmente o jogo ainda tem muitos servidores ativos, recebe constantes atualizações e mantém muitos jogadores ativos, mas está longe de ser o que foi em seus tempos de glória. Ragnarok, além do selo principal, conta com um outro título, “Ragnarök 2” que atualiza algumas mecânicas e gráficos, mas não foi muito bem recebido pelos fãs. O jogo também tem sua versão para o mobile, com gráficos e jogabilidades bem fiéis, mas claro, com suas limitações. Além da plataforma games, o título também esteve presente em outras mídias. a mais famosa é a “Ragnarök the Animation” produzida em 2004, e sendo transmitida em 2006 pela Cartoon Network. A série é bem fiel aos elementos do jogo e conta com inúmeros easter eggs. 

RO além de proporcionar horas de diversão, servia como plataforma para fortalecer laços com seus amigos e também, conhecer novas pessoas. Apesar de existirem outros jogos no mesmo estilo, ele era muito mais acessível e carismático. Com certeza, um fenômeno para a época.

Nerd: Leandro

Padawan de jornalista, 29 primaveras e acredita que todas as Tekpix são na verdade Decepticons à espera de uma ordem da Skynet para acabar conosco!

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