E aí, Nerds, preparados para mais contos mindfuckers como os que eu trouxe da última vez? Trago mais três traduções de mini-contos assustadores postados no subfórum Short Scary Stories do Reddit 😀
// Eles erraram na definição
Por Lloiu
Dizem que a definição de insanidade é “fazer sempre a mesma coisa e esperar por resultados diferentes”. Eu entendo o que isso quer dizer, mas está errado.
Eu entrei naquele prédio por causa de uma aposta. Eu precisava muito da grana e não acreditava nos boatos sobre o hotel, então 50 dólares foram mais do que o suficiente para me fazerem concordar com aquilo. Era simples. Era só chegar no último andar, o 45º, e ligar minha lanterna na frente de uma janela.
O hotel era velho e caindo aos pedaços, os elevadores já eram, então tive que fazer a subida pelas escadas. Então comecei a subir os degraus. Conforme subia, notei as antigas placas de metal que mostravam o número do andar. 15, 16, 17, 18. Comecei a me sentir um pouco cansado conforme eu me arrastava escada acima, mas, até então, não tinha visto nenhum fantasma, nenhum canibal, nenhum demônio.
Mamão com açúcar.
Nem sei explicar como fiquei feliz ao perceber que eu estava chegando ao último lance de escada. Contei os últimos andares, feliz, conforme passava por eles. 40, 41, 42, 43, 44, 44. Parei e olhei escada abaixo. Eu devia ter me confundido e contado errado, então continuei subindo. 44. Subi mais um lance de escada. 44. E então desci dez andares. 44. Subi quinze andares. 44.
E tem sido assim desde que me lembro. Então, na verdade, insanidade não é fazer sempre a mesma coisa e esperar por resultados diferentes. É saber que os resultados nunca vão mudar; que cada porta levará para o mesmo lance de escada, para o mesmo número. É perceber que você não sente mais sono. É não saber se você tem corrido por anos, semanas ou anos. É quando o choro lentamente se transforma em risada.
// Minha filha aprendeu a contar.
Por RealScience87
Minha filha me acordou por volta das 23:50 na noite passada. Minha esposa e eu tínhamos ido buscá-la na festinha de aniversário de Sally, uma amiga dela, a trouxemos pra casa e a colocamos para dormir. Minha esposa foi para o quarto ler e eu caí no sono assistindo ao jogo dos Braves.
– Papai! – Ela sussurrou, puxando a manfa da minha camiseta. – Adivinha quantos anos eu vou fazer no mês que vem.
– Não sei, bonequinha. – Respondi, colocando meus óculos. – Quantos?
Ela sorriu e me mostrou quatro dedos.
Agora são 7:30 da manhã. Minha esposa e eu estamos acordados com ela há mais de oito horas. Ela ainda se recusa a nos contar onde ela encontrou aqueles dedos.
// Essa história não tem nenhuma reviravolta.
Por Mrmrlol
Essa história não tem nenhuma reviravolta. Vocês não vão descobrir no final que eu sou o assassino.
Porque eu já estou contando pra vocês desde o começo. Eu sou o assassino.
Fui eu quem o matou.
Fui eu quem ficou de olho naquele velho que mancava pela rua enquanto eu passeava com meu filho.
Fui eu quem quis segui-lo pela rua naquele dia.
Fui eu quem trouxe a tesoura junto para matá-lo.
Fui eu quem o seguiu pelo beco, segurando meu filho de seis anos pela mão.
Fui eu quem esfaqueou o velho trinta e seis vezes.
Fui eu quem consolou o choro do meu filho.
Fui eu quem o fez prometer que mentiria para me proteger.
Por favor, acreditem em mim. Essa história não tem nenhuma reviravolta. Eu sou o assassino.
Traduzido por Evelyn Trippo