16 de julho de 1988. 29 anos atrás, uma grande explosão marca para sempre o cinema mundial.
É até estranho fazer uma resenha de uma animação lançada há 29 anos, ainda mais de um clássico desses. Mas Akira merece. O filme foi revolucionário quando foi lançado e até hoje é uma referencia nos gêneros de animação e ficção científica. O filme é baseado no mangá escrito também pelo Katsuhiro Otomo – que também dirigiu a animação e foi lançado na mesma data que uma explosão ocorre, marcando a terceira guerra mundial.
A animação do filme foi tão cuidadosa que você esquece que está assistindo a um desenho. Hoje em dia isso é bem normal – mas para a época é algo que era impensável. É só você assistir o Tin Toy da Pixar ou o primeiro Em Busca do Vale Encantado, lançados no mesmo ano para comparar. É uma aula de cinema assistir e prestar atenção nos detalhes e no roteiro. As paisagens, detalhes de luzes e sombras (a cena de perseguição das motos é uma referencia para qualquer filme de ação!), a fluidez dos movimentos e da animação. Cada cena é construída para você se perder nos detalhes.
A animação dos personagens também foi algo que nunca tinha sido feito. Detalhes como movimento dos olhos, sincronia da boca com as falas (em japonês a gente não percebe muito né..), expressões. Tudo isso faz você esquecer que aqueles personagens foram desenhados na mão. (Muito desse nível de cuidado que foi aparecer 10 anos depois nos filmes da Disney).
Akira foi impactante na época que foi lançado e redefiniu como se faz animação. Mas não só animação. A ficção científica que veio depois toda tem influência do filme. Matrix não existiria sem Akira. Nem Naruto. Nem Stranger Things. Três exemplos de três gerações que não são nada parecidos entre si, já dá para ver a importância do filme.
Lembro que assisti Akira quando moleque. Me lembro da sensação de assistir um filme que explode a cabeça. Como assim, aquilo era uma animação? Muita violência, drogas. Não é um filme leve. Mas todas as pessoas que eu conheço que assistiram gostaram.
Olha só que legal agora: a JBC está re-editando o mangá aqui no Brasil! Vão ser 6 volumes, 2 por ano, no formato daquele tijolão com mais de 300 páginas em tamanho grande. E olha só que mais legal ainda! Agora, 06/07/17 o Cinemark vai fazer uma seção especial com a exibição nas salas do Brasil todo.
Então não tem desculpa. É obrigatório no caderninho de qualquer nerd conhecer Akira.
Qualquer pessoa que goste de cinema, animação, ficção científica, anime, deve assistir Akira.
E você, já parou passa assistir (de novo) Akira?