Uma Curva no Tempo de Dani Atkins é uma história cativante que, além de trazer o elemento familiar do ‘efeito borboleta’, também aborda outros assuntos como a teoria do universo paralelo e um tanto de espiritualidade.
Comecei a ler Uma Curva no Tempo sem qualquer tipo de compromisso. Como uma leitora apaixonada, dei uma olhada na sinopse que me deixou extremamente interessada:
A noite do acidente mudou tudo… Agora, cinco anos depois, a vida de Rachel está desmoronando. Ela mora sozinha em Londres, num apartamento minúsculo, tem um emprego sem nenhuma perspectiva e vive culpada pela morte de seu melhor amigo. Ela daria tudo para voltar no tempo. Mas a vida não funciona assim… Ou funciona?
A noite do acidente foi uma grande sorte… Agora, cinco anos depois, a vida de Rachel é perfeita. Ela tem um noivo maravilhoso, pai e amigos adoráveis e a carreira com que sempre sonhou. Mas por que será que ela não consegue afastar as lembranças de uma vida muito diferente?
Mas oh, boy eu não tinha a menor ideia do que me esperava! Falei um pouco mais sobre a história e o que achei no vídeo abaixo 😉
SPOILER À FRENTE!
Se você ainda não leu o livro e não gosta de spoilers, não role mais para baixo, porque vou tocar em um ponto que achei interessante no livro, e o qual revela o final da trama. Se quiser continuar, tudo bem. Mas você foi avisado
Eu não estava brincando quando disse que demorei um pouco para entender o final. A princípio, eu realmente pensei que seria mais um daqueles finais em que o leitor pode escolher no que prefere acreditar; que Rachel morreu naquele hospital, ou que ela tinha uma vida maravilhosa e casou com o homem que amava.
Demorei um tempo para me lembrar de alguns trechos do livro, que nem estão tão escondidos assim, e que levaria um leitor mais atento a uma conclusão mais rápida. Como por exemplo, quando Rachel disse que não aguentava mais o pai dela, Tony, entrando no quarto toda hora para checar como ela estava – fato este negado pelo homem, que disse não ter ido ao quarto da filha nenhuma vez, ou quando ela disse sentir o cheiro da loção-pós barba do pai sem motivo aparente.
O paralelo das duas ‘vidas’ ao final do livro foi espetacularmente trabalhado pela autora, me deixando com uma sensação de tristeza e felicidade ao mesmo tempo e na mesma medida.

EU NÃO CONSIGOOOO
Pensando agora, era tudo tão óbvio desde o começo! Mas eu comecei a ler a história com a ideia de que, nela, a principal premissa era algo beirando a ficção científica, portanto, passei o livro todo esperando por uma resposta lógica que explicasse como Rachel começou a viver esta outra vida depois de simplesmente apagar na vida antiga. O que foi espetacularmente trabalhado, na minha opinião – nos oferecer essa opção e depois mostrar que sempre estivemos no caminho errado.
E não é que, no fim das contas, Rachel estava fantasiando uma vida perfeita onde o pai não tinha câncer, ela tinha o emprego dos sonhos, e se casava com o homem que amava – enquanto na vida real, estava em coma no hospital? Isso foi genial!
E depois, o fato de Rachel começar a se perguntar se voltaria para a sua vida antiga se tivesse a chance, como se aquele estado fosse reversível para ela, fez TODO O SENTIDO. Porque no fim das contas, ela podia escolher acordar e continuar vivendo a vida infeliz que tinha antes, ou escolher deixar-se ir e viver o que ela sempre sonhou, que foi o que se concretizou no final.
Com certeza, depois entendi isso, meu coração ficou arrasado, mas feliz ao mesmo tempo <3
FIM DOS SPOILERS!
Ufa! Dito tudo isso, eu não poderia não avaliar este livro em 6 vidinhas!
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