Olá, como estão por ai?
Aqui está tudo tranquilo! =)
Venho contar a vocês que fomos convidados para a SP-arte 2017 (que finos!), e para resumir de uma maneira simples o evento posso dizer que trata-se de uma feira internacional de arte moderna e contemporânea que acontece entre abril e maio no Pavilhão Cicillio Matarazzo – conhecido como o Pavilhão da Bienal – no Parque do Ibirapuera, em São Paulo.
Esta edição aconteceu entre os dias 5 e 9 de abril e vimos muitas coisas lindas por lá. Estou falando no plural, pois tive a honra de ter a companhia e a análise técnica do meu artista contemporâneo favorito, o ilustrador Lalan Bessoni – também conhecido como o boy magia do meu coração. Hahahaha
Foi muito legal ter a presença de um especialista no assunto, porque ele me atentou para muitas coisas que passariam despercebidas, como reconhecer artistas que estavam por lá, explicar o modo como era feita cada coisa, que técnica tinha sido utilizada, material… Etc., etc., etc., por isso já vai a minha primeira dica: para você ter uma experiência mais completa procure saber se há visitas monitoradas do evento, neste tinha, por exemplo. Normalmente elas são gratuitas, apenas existe um horário determinado e um número restrito de pessoas por vez, então informe-se antes de ir.
A segunda coisa que eu gostaria de registrar é: você não precisa entender de arte para admirá-la! Sou muito grata em ter o privilégio de ter uma mãe incrível e tias maravilhosas que sempre me levaram em museus, exposições e diziam constantemente isso: você pode gostar sem entender, mas se quiser entender você pode pesquisar. E é isso ai! Eu não entendo muito de arte num geral, mas gosto demais e já vale um montão! E para estudar e aprender, a gente ouve quem entende, assim vale a minha primeira dica, ou ainda, leve contigo uma companhia especializada, como eu fiz!
Antes de colocar o depoimento do Lalan aqui, vou falar sobre as minhas impressões sobre o evento: lá é uma feira para quem vende e compra arte moderna e contemporânea – arte em quase todas formas – pois se você tiver grana poderá comprar um Di Cavalcante, um Volpi, mas também poderá adquirir um banco artesanal indígena, uma fotografia do Sebastião Salgado, um móvel de algum designer famoso, ou uma roupa e uma joia, sem contar os grafites, tapeçaria, esculturas e mais tantas coisas. É claro que você também pode ir para ver somente as performances, as instalações e as obras, ou ainda, aproveitar os cursos, palestras e workshops que eles oferecem, mas o foco é a negociação de arte como consumo de colecionador, ou investimento financeiro.
A entrada do evento custa R$ 40,00 a inteira e R$ 20,00 a meia e é válida apenas para um dia de evento, então, não é a coisa mais cara do mundo! Eu como humilde redatora (hahahaha) adorei ter tido a oportunidade de ver tantas obras legais que só tinha visto em fotos, como um quadro lindo do Volpi que eu tinha estudado no colégio, e conhecer tantos outros artistas de vários lugares do mundo, entender e saber muitas coisas sobre artistas brasileiros da atualidade e tudo mais, porém a gente volta ao ponto de que é difícil consumir arte, mesmo que não seja para levar para casa. Tudo está muito caro: livros, cinema, teatro e entradas para exposições e museus. Fico muito feliz em saber que vários dos museus de SP tem um dia de entrada gratuita, porque todo mundo deve ter o direito de gostar e estudar arte, não é mesmo?!
Em seu depoimento Lalan Bessoni também diz isso: “Vendo como população, fica difícil uma família levar seus filhos que gostam de desenhar para ver e aprender lá na feira. Seria interessante eles (organização do evento) terem o apoio do governo para liberar um dia gratuito para isso também. Mas eu acredito que o intuito é outro, é mais para negociar a arte mesmo.”
Lalan ainda disse: “Eu não conhecia o evento, foi a primeira vez que eu fui e gostei muito de ver a diversidade de coisas e obras, gostei muito de ver a quantidade de artistas brasileiros, uruguaios e da América Latina, bastante arte de rua… Essa representatividade é muito massa! Porque isso humaniza um pouco a arte, o nosso público daqui (latino-americano) acaba perdendo um pouco do distanciamento com a arte, e isso é tão legal, porque ela (a arte) não é intocável. E nem deve ser!”
E complementou: “Você reparou que a arte de rua é a que tem mais ligação com as pessoas? Ela que fala mais direto com as pessoas. Na entrada tinha uma obra d’Os Gêmeos, e você viu a fila que estava lá para tirar foto com ela, mesmo tendo pouca gente naquele momento no evento?! Isso me chamou muita atenção! É a prova que a arte de rua conversa mais com o público. […] Outra coisa muito legal é que galerias bem modernas de São Paulo estavam expondo e negociando trabalho de grafiteiros como Os Gêmeos, o Tinho, o Cranio e ainda as xilos (xilogravuras) do Samico, bancos indígenas maravilhosos, ver essas coisas ditas populares, né?!… Essa representatividade é bem massa!”
Se você tiver a oportunidade de ir, eu indico demais o evento do ano que vem, porque você terá a chance de ver obras que estão fora do meio de circulação, elas ficam em galerias, muitas vezes nem ficam expostas e lá na SP-Arte você consegue ter acesso a todas, nem que seja para dar uma namoradinha rápida! =)
Adoramos ter ido! Mas vale a pena a gente tentar batalhar mais, os investidores ponderarem também, e quem sabe deixar a arte mais acessível para todos?! Porque é relevante pensar que novas pessoas precisam se interessar em arte para que se tenha novos consumidores! 😉
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