E A-Ê seus morceguinhos e suas morceguinhas, belesma?
Quem aí nunca colocou uma toalha de banho – ou mesa, Thor que o diga – no pescoço e saiu por aí brincando de super herói? Ser o herói era os sonho da maioria das crianças – e de vários marmanjos hoje em dia. Visando lucrar com este sonho, o mercado sempre tentou retratar isso, tanto em filmes e brinquedos, mas a indústria que mais se aproximou disso sempre foi a de games.
Desde os primórdios com jogos do Superman e Spiderman para Atari – onde se precisava ter uma imaginação incrível para se entender o que estava acontecendo – até com as séries mais atuais, que conseguem transmitir muito bem a sensação de “ser” o personagem – a série Arkham que o diga. Mas mesmo com a qualidade inegável dos games atuais, ainda se tinha uma barreira a se transpor, por mais que o jogo batalhasse para ser imersivo, você ainda se sentia um telespectador, um “ajudante” do personagem principal, tudo isso, até agora…
A BGS 2016 é a oportunidade perfeita para se testar e ter novas experiências, e este foi o caso para o VR (Virtual Reality), minha experiência com a tecnologia até então tinha sido por osmose, apenas por relatos e gameplays de outras pessoas, e é exatamente como outras experiências, você só vai ter realmente a sensação quando passar por ela, e realmente, é indescritível!
Eu estava um pouco descrente, não acreditava que a imersão poderia ser tamanha, mas toda essa descrença me foi tirada os primeiros segundos de Batman: Arkham VR, quando abri os olhos e vi que estava no saguão da mansão Wayne com o Alfred ao meu lado me entregando uma chave e dizendo sua frase clássica “master Wayne”, foi assim que me desprendi da realidade por alguns minutos. A demo jogada foi um tour pela Batcaverna, a chave lhe é dada pelo seu fiel mordomo e amigo, assim você destranca um piano e toca algumas teclas aleatórias e o chão se abre, então você entende que se trata de mais uma passagem secreta do homem morcego.
Tenho que admitir, as pernas deram uma pequena tremida quando você sente o chão descendo, mas a cereja do bolo estava por vir. Chegando a Batcaverna é que a coisa fica séria, depois de desbloquear alguns mecanismos você dá de cara com ela, a Batsuit…
É quando você coloca a mão no morcego (sem duplo sentido) e se vê vestido de Batman que a coisa toma proporções inimagináveis, a demo ainda disponibiliza testar batrangues e claro, o famoso arpéu. Para fechar temos uma visão incrível de Gotham City. Mesmo sendo curtíssima e não apresentando nada muito novo em questão de mecânicas, a imersão compensa este aspecto. Batman: Arkham VR mesmo tendo mostrado bem pouco, tem o potencial de revolucionar o mercado de games de heróis (e porque não o mercado de games) assim como seus irmãos mais velhos – a série Arkham num geral – revolucionou, basta saber como o jogo inteiro utiliza a tecnologia.
Como nem tudo é perfeito, alguns “contras” devem ser levantados: o jogo, que é um dos títulos de lançamento do aparelho, é exclusivo da plataforma Playstation VR sai nos EUA dia 13 de Outubro com preço sugerido de US$ 399, que na conversão para real fica em torno de R$ 1.300.
Para os otimistas poderia ser uma boa notícia, levando em consideração os preços de alguns concorrentes – o Rift e o HTC Vive passam a casa dos R$ 2.000 facilmente . Quanto a disponibilidade, ambos nos fazem sofrer – Rift, Vive não são comercializados no Brasil, e a Playstation não liberou nenhuma informação sobre isso quanto ao seu VR – a confirmação de que Batman: Arkham VR será lançado aqui pode ser um pequeno raio de esperança.
Nos resta aguardar e torcer!