Em 1998, quando o rolar de dados estava na moda e os encontros de RPG eram populares (bons tempos de Devir e daquela equipe que fazia o EIRPG acontecer todo o ano), não tínhamos a famosa internet de alta velocidade e comprar revistas especializadas sobre o assunto estava na moda, dentre elas tivemos uma que mora no coração de todo rpgista até hoje: a Dragão Brasil.
Com a ideia de ajudar e manter os fãs de RPG e Card Games informados sobre tudo o que estava acontecendo, nela surgiu o melhor cenário de RPG brasileiro, o mundo de Tormenta com a saga Holy Avenger, publicados pela a primeira vez nas edições 44, 45 e 46 da revista.
Dezoito anos depois, o mundo mudou e os jovens cresceram e com isso o público que antes comprava revistas e passava horas e horas rolando dados no Sábado à noite, mas sempre teremos o mundo de Tormenta em nossos corações. Não apenas nós, mas também um estúdio de game developer brasileiro chamado Messier, com adoração a deusa Valkaria (deusa da ambição no mundo de Tormenta) e com a ajuda de Lena (deusa da vida no mundo de Tormenta), resolveu dar vida ao jogo e tivemos ótimos resultados até agora.
Ok, mas a pergunta que todos fazem: “é um jogo de RPG?”
Não, não é um jogo de RPG e sim um game estilo hack and slash, lembrando muito o estilo de Golden Axe (jogo de fliperama muito popular nos anos 90). Como um pequena amostra do que está por vir, a Messier liberou uma fase demo do game onde você anda pela floresta perto da cidade de Valkaria e sai matando diversos tipos de inimigos, podendo jogar com Sandro, Niele, Lisandra e Tork.
Apesar de alguns personagens terem sofridos mudanças (a Niele esta bem diferente do que gostaríamos), os cenários e o estilo de cada um está bem familiar. Os saudosos provavelmente sentiram um pequeno arrepio ao verem um pouco desse mundo nas telas.
O que posso falar do game é que está em versão alpha, onde apresenta muito bugs, problemas de animação e uma jogabilidade não tão confortável, mas nada que não posso ser resolvido tecnicamente. O estúdio está utilizando soluções bem consagradas e seguindo a receita de “jogos do momento”. Com a Unreal Engine e uma mecânica de jogo bem simples, a ideia é agradar os velhos e construir um jogo que as crianças se interessem rapidamente, algo que o gênero hack and slash faz muito bem, diferente do RPG.
Nos resta apenas aguardar e esperar o resultado final dessa história que está sendo contada há 18 anos. Vamos todos esperar pelo final feliz, certo Marcelo Cassaro?