IMPRESSIONANTE!
Sim, essa é a primeira palavra que define o Campeonato World Cosplay Summit 2016.
A união de representantes de 30 países, apaixonados pela cultura japonesa foi um espetáculo. A dedicação de todos os candidatos era evidente e cada apresentação dos 18 finalistas foi um show.
Um dos pontos que destaco foi o encontro com o representante brasileiro, Paulo Melo (Sweet). Ele contou o quanto todos os cosplayers tem um espírito de equipe, durante a semana a espada do brasileiro – que interpretou Cloud de Final Fantasy – quebrou durante um ensaio, e diversos integrantes de outras equipes ajudaram a concertá-la. Assim como quando a equipe da Itália teve problemas com o cenário, a equipe #pirigueteteam do Brasil também os ajudaram.
Esse fato demonstra o quanto essa união de cosplayers no evento, é literal, que eles são mais que concorrentes, são também prestativos uns com os outros, são unidos na emoção de estar participando, dividindo a mesma alegria de estar no Japão realizando um sonho.
A França, que participa da competição desde 2003 e nunca havia ganhado um prêmio, ficou em terceiro colocado. Confesso que Fenie Sophie e Fischbach Valerie com o cosplay de Eli Avase e Honoka Kosaga realmente me arrancaram sorrisos e animaram o público, a apresentação de Love Live! School Idol Festival foi criativa, dançante e contagiou toda platéia.
O segundo lugar foi para a dupla dinamarquesa, Sarah Juul Wallin e Alexander Hvidberg, com o cosplay de Anri e Shiro Yoshiwara. A Dinamarca também nunca havia ganhado uma premiação, embora participem do evento desde 2007, e realmente segundo diversos profissionais que estão todos os anos acompanhando o WCS, esse ano todas as equipes estavam mais fortes, estão se profissionalizando cada vez mais, em roteiro, interpretação, figurino.
Ressalto, que todas as roupas e acessórios, tem que ser por regra ser feitas a mão e o evento tem uma equipe que analisa minunciosamente cada detalhe e também contabiliza pontos para o resultado final.
Em primeiro lugar fica uma dupla surpreendente Rian Cahyadi e Diana Tolin, com o cosplay de Cain Knightlord e Seth Nightlord – Trinity Blood – realmente arrancaram aplausos e gritos do público durante a apresentação e inclusive foi o único momento que vi até mesmo alguns membros da cabine de imprensa se esquecendo das câmeras com microfones ligados pra todos os lados, se exaltando e gritando. Também não me aguentei a aplaudi, e eles já eram uns dos meus favoritos para campeões.
A Indonésia já havia ganho em terceiro lugar no ano de 2012 e 2014, e finalmente levam o troféu pra casa com essa apresentação. Aliás, em breve sairão videos da final do WCS 2016 no Canal do Novo Nerd no You Tube.
Embora não tenham ido pro pódio, não posso deixar de falar de algumas outras duplas, como a de Resident Evil 2 (cosplayers de Leon e G-virus), feito pela dupla da Thailandia Navin Kanchana e Chittaworn Veeraroj, a sequência de ação e luta foi incrível, bem como os japoneses Kamaya Noriyuki e Muramisigeki com cosplay de Squall Leonhard e Seifer Almasy de Final Fantasy VIII. A interpretação de Yuuko e Kimihiro de xxxHolic da dupla russa Anastasiia também me cativou muito, e a dupla italiana Valentino Notari e Desire Tirolo, fazendo Nobunaga e Oichi foram bem divertidos com Pokemon Conquest.
Pontos Negativos:
– Houve um deslize na organização do evento, que por trás dos bastidores haviam dito que todos iriam entrar no palco, pra formarem fila, e em seguida, repentinamente depois avisaram que já seria a apresentação. Sendo que a dupla brasileira teve assim somente poucos minutos para se preparem, visto que eram os segundos a se apresentarem.
– Outro ponto de dificuldade seria o extremo calor, é inevitável não se perguntar em algum momento porque não fazem o WCS no inverno. Estava cerca de 33 graus em Nagoya, e para alguns eventos de rua, como desfiles era perceptível que os cosplayers estavam suando muito em meio a tantas roupas. Até mesmo para expectadores estava quente, imaginem para os Cosplayers. Realmente, vida de cosplayer não é fácil, tem que ter muito amor para enfrentar um calor desse com roupas por vezes quentes e até mesmo armaduras pesadas.
Vejam fotos dos finalistas no tapete vermelho:
Momentos inesquecíveis:
Fernanda Souza, fez uma participação especial na final do evento como Asuna (Undine), patrocinada por Sword Art Online. Estava linda!
Paulo Melo deixa o recado para cosplayers brasileiros de que “devem se divertir muito, afinal é pra isso que o cosplay serve, para diversão, para divertir os outros também. Sempre há somente um vencedor, então para os competidores o importante é aproveitar para curtir cada momento“. Comenta que um dos maiores prêmios foram as pessoas que conheceram essa semana, citou também um abraço da dupla japonesa – que foi cumprimenta-los chorando na semi-final, não acreditando que os brasileiros não tinham passado, diziam que estavam sensacionais.
As lembranças que fazemos, pessoas que conhecemos, lembranças dos lugares que vamos são o mais precioso da vida.
O Novo Nerd deseja que a dupla continue aproveitando a viagem, e tudo que o Japão tem a oferecer, e que continuem fazendo cosplayers e quem sabe voltem outro ano para ganhar o primeiro lugar!
(Fotos: Fabio Ueda)