E A-Ê seus Senpaizinhos e suas Kouhazinhas, tudo belesma?
O Anime Friends se foi! Foram 6 dias de puro entretenimento Otaku/Geek num calor de matar, salvo a chuva de sábado que deu uma amenizada e mesmo assim não espantou o pessoal!
O último final de semana seguiu o padrão do primeiro com destaque para o palco Arena Friends, onde tivemos Detonator e as Musas do Metal, fechadno a noite de Sexta (15). Detonator relembrou que o seu primeiro grande show tinha sido num Anime Friends, então o “retorno às raízes” foi muito bom, a galera compareceu em peso.
Com um repertório recheado de sucessos, o metaleiro fez a galera cantar em coro músicas mais atuais como “Metal Zumbi“, “Saci“, “Cuca” entre outras. E para honrar o evento a banda nos presenteou com uma versão de Pegasus Fantasy e nas palavras do próprio Detonator, uma versão bem melhor que a do Angra.
Além disso, claro que os primeiros sucessos com o Massacration não poderiam faltar: “Metal is the Law”, “Evil Papagali” e o hino “Metal Bucetation” que encerrou a apresentação.
Velhos conhecidos internacionais deram as caras no dia 17, no auditório BBC. Jason Faunt trouxe os fãs dos Power Rangers de todos os camtos, dando lotação máxima no espaço. Faunt interpretou Wesley Collins, o Ranger Vermelho em Power Rangers: Força do tempo (2001), Power Rangers: Força Animal (2002) e Power Rangers: Megaforce (2014).
A pedido dos fãs, Faunt fez uma participação especial voltando com o seu personagem. O ator respondeu a perguntas sobre a série que protagonizou, as novas séries dos Rangers e claro, as expectativas sobre o filme que sairá no ano que vem, só reafirmando que a legião de fãs dos jovens da Alameda dos Anjos continua firme e forte!
Mais tarde no palco no palco Fantasy, a nostalgia entrou tomou conta com os intérpretes de Jiraya e Jiban. o primeiro a entrar foi Takumi Tsutsui que nos anos 80 interpretou Toha Yamaji, a identidade secreta do Incrível Jiraya! Ao som do tema do seriado, Takumi cantou e agitou os fãs que estavam enaltecidos.
Logo após foi a vez de Shouhei Kusaka, o intérprete do policial Naoto Tamura que nas horas vagas combatia o crime como o policial robô Jiban. Os dois responderam a inúmeras perguntas dos fãs e distribuíram brindes (com direitos a doces tradicionais japoneses).
Para fechar, todos cantaram o tema do da versão japonesa do Robocop com a participação de cosplayers oficiais com as armaduras dos heróis!
Ainda no mesmo dia no Auditório BCC tivemos Peter Milligan, um importante roteirista britânico que já teve passagem na Marvel, DC e Vertigo. Milligan contou um pouco da sua trajetória, como fez a reformulação da X-Force para X-Statix e como foi suceder Grant Morrison em Homem Animal.
E é claro que o ponto alto da festa não poderia ficar de fora, o segundo final de semana da Anime Friends foi recheado de cosplayres, de todos os tipos! Se você perdeu, olhe no nosso Instagram!
Apesar da festa ter sido muito bonita, o evento apresentou diversos pontos negativos, principalmente em infraestrutura. No espaço todo não vi nenhum bebedouro para as pessoas se hidratarem decentemente, o que se fazia super importante já que a temperatura em São Paulo no meio da tarde chegava nos seus 30º. Ainda falando sobre falta d’água, no Sábado, por conta da chuva os banheiros ficaram sem água, seria cômico se não fosse trágico.
Algo que não ajudava muito era a demora na liberação da entrada do pessoal no evento. Eu imagino o sofrimento dos cosplayers!
Outro ponto que é necessário salientar são os preços: o ingresso na porta saía em média 65 reais – que cairia pela metade no caso de entrega de 1kg de alimento não perecível – somado ao valor para comer lá dentro que continua sendo muito alto, é fácil que nesses dois você já gastaria 100 reais. O que dificultava você conseguir levar algo das lojas dentro do evento (que para produtos não licenciados tinham um preço bem salgado também).
Para concluir irei fazer um paralelo com o cenário atual de games, para melhor entendimento. A Anime Friends pode ser comparada à Nintendo: já foi a melhor em tempos mais antigos, era sinônimo de qualidade, tecnologia e inovação, mas com o passar do tempo, rivais mais adaptáveis chegaram e com isso ela ficou para trás, parando no tempo e ficando muito aquém do que se vê hoje em dia, tendo até certo desrespeito pelos fãs.
Por outro lado, ainda se mantém como uma das maiores, graças a grande base de fãs fiéis que consomem um conteúdo imenso de “nicho” que só pode ser encontrado nessas circunstâncias – pelo menos com mais facilidade . O evento está tentando se reinventar e a principal mostra disso foi a convergência da cultura Geek com a Otaku num evento só, conversas sobre HQ, espaços para jogar Boardgames, cardgames dentre outras atividades que serviram para enriquecer ainda mais ambas as culturas.