Bem galera, vamos lá!
Para quem já se envolveu nas ultimas reviews, já devem imaginar qual a repercussão pelo menos no Brasil sobre esse game. As opiniões são mais polêmicas que mamilos e na maioria não são tão positivas como esperadas. Mas por que diabos?
Para quem são sabe, Mighty no. 9 é uma nova série no estilo de plataforma dirigido por Keiji Inafune em parceria com a Comcept USA, Inti Create e Deep Silver, a partir de financiamento coletivo através da Kickstarter
Estes em conjunto conseguiram no Naves Game Awards o prêmio de “Melhor Personagem bem Desenhado com renderização Cagada”, “Melhor Level Design com História Mal Contada” e “Grande Dificuldade na Jogabilidade mas Esquecido de Fazer Um Nível Normal e Fácil”. Afinal das contas, todos os pais da era de Mega Man choraram lágrimas de sangue ao ver que seus filhos não conseguiriam nem tentar jogar esse jogo, a não ser que fossem potenciais Engenheiros Aeroespaciais da NASA ou coisa parecida, porque nem os pais conseguiram jogar direito.
Bem agora que desabafei, ufa! Vamos a uma análise sincera…
Meus caros, antes de tudo, eu gostei do game!!! Pois é, apesar das dores cabeça e vontade imensa de jogar o controle na parede, eu acabei me acostumando com a mecânica, o que tornou o jogo mais divertido e fluente. O que realmente me chateou foi o nível avançado que o jogo expôs logo no começo. Sem uma progressão dos desafios mais suave para que se tornasse mais interessante. Isso tornou o game pesado logo de inicio, porém agradou aqueles que são mais aficionados por dificuldade e esperaram por desafios, afinal, se o game fosse fácil também apresentariam críticas e discórdias, isso é meio visceral para os “Críticos”, hehe.
Mas claro, não deveríamos esperar um novo Mega Man, por que afinal de contas não é em termos de história (pelo que sei até o momento presente). O que nos trouxe foi algo inspirado no estilo e nos desafios, o que me surpreendeu em alguns pontos, pontos esse que numa esperançosa volta da série original (todo fã de Mega Man espera, né) poderia trazer uma revolução ao game sem fugir da temática original. Eu tenho certeza que você pensou: “Se fosse com o Zero nessas fases, o jogo ficaria fácil!”.
Afinal de contas nem tudo é flores meu amigo. Eu considero um bom game no estilo e na jogabilidade, porém mal desenvolvido em termos de fluxo de dificuldade e história e também nos gráficos das animações. Eu sinceramente gostei do Beck no desenho artístico, mas em 3D ficou bem ruim.
Em resumo, são esses os pontos que ressaltei:
- A Absorção de habilidades ficou muito boa, pois houve uma mudança na armadura do personagem, trazendo uma integração melhor que nos clássicos de Mega Man e Mega Man X. (Um salve à habilidade de Brandish, que com certeza nos remeteu ao Zero), mesmo que algumas habilidades ficassem praticamente sem uso ou importante, não houve equilíbrio nesse ponto.
- A dificuldade do game foi muito exagerada, dificultando para jogadores mais casuais, sem familiaridade com o estilo, faltou ai uma melhor distribuição de níveis para equilibrar os desafios.
- A habilidade de Dash foi bem trabalhada, tornando o personagem muito ágil e com um pouco de prática, pode tornar o jogo fluido.
- Ausência de upgrades nas fases também desanimou e muito, pois eram um dos elementos chaves nos games das series de Mega Man, o que seria um trunfo para auxiliar no quesito de Dificuldade. Pois como sabemos os games da era X eram difíceis no início, porem ficavam mais fáceis para aqueles que já tinham uma estratégia para obter os upgrades escondidos.
- Falta de uma história mais bem contada e apresentada nas cutscenes do jogo (falta de animações, tramas e mais envolvimento, e não exatamente pelo storyboard), que ficaram um tanto meia boca, talvez por conta de orçamento, porém isso não foi também objeto de glória nos games anteriores na minha opinião. Apenas a Saga X demonstrou uma história mais trabalhada.
O game para mim abriu as portas para várias sequências, o que talvez nos próximos games possam trazer essas mudanças que nós sentimos necessárias, o Sr. Inafune ainda tem a faca e o queijo na mão. Vamos esperar pelo melhor, enquanto isso vou treinar minhas habilidades!