Zumbis.
Ahhh essas criaturas que populam o imaginário de tantas pessoas mundo afora. A cada dia que passa, mais filmes, seriados, livros e HQs retratam as diversas perspectivas acerca de um apocalipse zumbi. Ou seja, zumbis estão virando espaço comum. Todo mundo sabe discutir sobre eles. Logo, nesse meu post de estréia, pensei em contar 10 coisas que vocês talvez não saibam ainda sobre eles. Quem sabe isso te ajuda a puxar assunto com aquela pepeca que você ta de olho. ; )
1) O primeiro registro literário de zumbis é de 4.763 anos atrás, na Epopéia de Gilgamesh, um rei sumério e grande conquistador. Nesses textos, uma deusa zangada ameaça trazer os mortos de volta para comer os vivos.
2) A origem dos zumbis, como os conhecemos, é de uma religião voodoo de uma tribo do oeste da África chamada Yorubi. Devido ao tráfego de escravos, os Yorubi se instalaram no Haiti em 1700 e a cultura voodoo começou a ser difundida no país e pelas américas afora. De acordo com o folclore Haitiano, os zumbis são criados por sacerdotes do mal chamados bokors, com a finalidade de serem escravos, buscarem vingança ou como símbolos de poder. O folclore também diz que se dermos sal para um zumbi comer, sua liberdade é restaurada, o que não significa que a pessoa volta à vida, mas sim que o corpo retornará ao túmulo e permanecerá morto.
3) Já existiu um zumbi! SIM! O nome dele é Clairvius Narcisse. Ele é Haitiano (rá!) e diz ter sido transformado em zumbi através de poderosas neurotoxinas e alucinógenos. As substâncias utilizadas foram a tetrodotoxina (veneno do peixe Baiacu) e a bufotoxina (veneno dos sapos), que, juntas, induziram Clairvius em um coma que mimetizava a aparência da morte. Ele voltou para sua casa, teve um treco, “morreu” e foi enterrado. Um etnobotanista canadense, Wade Davis, que estudou afundo os bokors, seus rituais e substâncias utilizadas explica que provavelmente o corpo dele foi extraído e deram doses de uma planta chamada datura, da família das Nightshades (que todo bom jogador de Elder Scrolls sabe que ela produz substancias tóxicas). Com isso, seu corpo entrou num estado de re-animação e ele foi colocado para trabalhar em uma plantação. Depois de dois anos, o dono da plantação morreu e Narcisse simplesmente se viu livre. De acordo com uma entrevista dada para a American Scientist, ele reapareceu no seu vilarejo depois de 18 anos de sua “morte” e ele conseguiu convencer sua irmã e alguns moradores de que ele era quem dizia ser. Esse caso manteve muitos médicos e cientistas de cabelo em pé porque várias testemunhas e dois médicos americanos confirmaram a sua morte. Narcisse depois explicou que ele quebrou um dos códigos de comportamento Yorubi, foi transformado em um zumbi como punição e que o feiticeiro levou a sua alma. Ele relata que após sua “morte”, seu corpo foi recuperado pelo feiticeiro e ele consumiu uma pasta feita de datura, que pode causar também perda de memória. Depois do dono da plantação e do feiticeiro morrerem, ele parou de receber as doses de datura, seu corpo foi desintoxicando e sua consciência sendo recuperada. Ele ficou mundialmente reconhecido como o homem que um dia já foi um zumbi.
4) Depois disso, foi criada uma lei no Haiti que diz que transformar outra pessoa em zumbi é crime. Se você droga alguém, enterra essa pessoa, desenterra ela e faz ela voltar à vida, é considerado assassinato! Então nada de pegar aquela vaca que trabalha com você e usar essas toxinas nela, amiguinhos, dá cadeia!
5) Esse mesmo etnobotanista canadense que estudou o caso de Narcisse, estudou bastante no Haiti depois desses relatos de zombificações. Com as descobertas feitas, ele lançou um livro chamado The serpent in the rainbow e em 1988 Wes Craven resolveu lançar um filme baseado em seu livro, que ficou conhecido como A Maldição dos Mortos Vivos. Alguns críticos dizem que o trabalho de Davis é não científico e, ainda por cima, é fraudulento.
6) Na era Vitoriana, na Europa, era comum ver os túmulos cercados de grades de forma a impedir que os mortos retornassem à vida. Eita medo da peste! Literalmente.
7) Os top 10 países mais seguros, geograficamente falando, caso (ou quando, melhor dizendo) o apocalipse zumbi acontecer são: 1) Australia, 2) Canadá, 3) Estados Unidos, 4) Rússia, 5) Cazaquistão, 6) Bolívia, 7) Noruega, 8) Finlândia, 9) Argentina e 10) Suécia. Com isso, só tenho uma coisa a dizer: HERMANOS, ESTOY INDO!!!
8) Em estórias escandinavas, os zumbis são chamados de draugr (todas canta ~Dovahkiin, Dovahkiin, naal ok zin los vahriin~). De acordo com a lenda, eles eram guerreiros ferozes, mas depois de mortos não ficavam satisfeitos em, bem, morrer. Ao invés disso, eles voltavam à vida para atacar os vivos. Para matar um deles, era necessário cortar sua cabeça, queimar seu corpo e espalhar suas cinzas pelo mar. Ainda bem que não é assim em Skyrim, senão seriam necessárias umas 432 horas para fechar o jogo.
9) O primeiro filme a respeito de zumbis foi feito em 1932 e se chama White Zombie. Também foi o primeiro filme de terror que não foi um filme mudo e ainda o primeiro filme independente de terror que estrelou Bela Lugosi, um ícone do cinema de terror dos anos 20 e 30. Ele recebeu apenas $800 por sua performance, mas foi o ator mais bem pago dentre o casting. Esse filme já é de domínio público e tem na íntegra aqui no Youtube pra você assistir.
10) Existem 11.800.000 resultados de busca para “prepare for zombie apocalypse” no Google. Isso me diz que as pessoas tem interesse e, especialmente, medo do tal do fim do mundo. Pensando nisso, o CDC (Centro de Controle de Doenças) dos Estados Unidos montou uma página na internet para falar o que você deve fazer e como você deve se preparar pra quando seu vizinho tentar provar os seus intestinos. De acordo com o CDC, essa foi uma forma encontrada de trazer uma audiência diferente para o site deles e informar mais pessoas. O próprio diretor do CDC, Dr. Ali Khan, escreveu: “Se você está bem equipado para lidar com um apocalipse zumbi, você vai estar preparado para um furacão, pandemia, terremoto ou ataque terrorista.”. Paranoia ou medida de cuidado? Aí eu deixo vocês discutindo nos comentários.
