Tubarão é mais que um clássico: é o filme que mudou o cinema para sempre
Tubarão, lançado em 1975 e dirigido por ninguém menos que Steven Spielberg, é muito mais que um filme sobre um animal assassino. Baseado no livro de Peter Benchley e com roteiro assinado também por Carl Gottlieb, o longa se tornou um marco na história do cinema por inúmeros motivos — inclusive por ter criado o conceito de “blockbuster” como conhecemos hoje. Sim, Tubarão foi o primeiro grande filme de verão — e, na época, o termo “arrasa-quarteirão” surgiu por um motivo literal: as filas dobravam os quarteirões das salas de cinema, dominadas pelos cinemas de rua. Esse sucesso estrondoso mudou a forma como Hollywood lançava seus grandes títulos e, sem exagero, moldou a indústria para sempre. O medo vem do que não se vê Mesmo com uma premissa simples — um tubarão gigante aterroriza uma pequena cidade litorânea — o filme se destaca por usar suas limitações técnicas a favor da narrativa. Por causa de restrições orçamentárias e dos constantes problemas com o tubarão mecânico (apelidado de Bruce), Spielberg optou por mostrar muito pouco da criatura. E isso, que poderia ser um problema, acabou sendo um dos grandes trunfos da obra. A construção da tensão, os enquadramentos na altura da água e, claro, a icônica trilha sonora de John Williams, hoje tão lembrada quanto o próprio filme, criaram um novo padrão de como gerar medo sem precisar mostrar tudo. O resultado? Um dos filmes mais assustadores e impactantes de todos os tempos. Tubarão é Spielberg no modo gênese Tubarão também marca o nascimento do gênio cinematográfico de Spielberg. Sua capacidade de orquestrar tensão, drama e espetáculo em uma produção cercada de imprevistos, com um elenco enxuto e muito improviso, mostra por que ele se tornaria o maior diretor da sua geração. E não só isso: o filme inspirou gerações de cineastas, influenciou o gênero de terror, suspense, ação e foi pioneiro no uso de marketing agressivo pré-lançamento. Foi o primeiro filme a atingir a marca de 100 milhões de dólares em bilheteria, um feito histórico na época. 31 curiosidades sobre Tubarão Estreou nos EUA dia 20 de junho de 1975 e no Brasil estreou no natal, dia 25 de dezembro do mesmo ano; Mais de 67 milhões de pessoas nos EUA foram assistir a este filme quando foi lançado inicialmente em 1975 (pouco menos de um terço da população total do país na época); O diretor Steven Spielberg disse que quando leu o romance pela primeira vez, ele começou a torcer pelo tubarão porque os personagens humanos eram muito desagradáveis; O compositor John Williams conduziu a orquestra durante a cerimônia do Oscar de 1976, então, quando foi anunciado que ele ganhou o Oscar de Melhor Trilha Sonora, ele teve que correr até o pódio para receber seu Oscar e depois voltar correndo para continuar conduzindo a orquestra; Bruce (o tubarão) tem 4 minutos de tempo de tela; A cena em que a cabeça salta para fora do buraco do barco não foi originalmente roteirizada. O diretor Steven Spielberg diz que “ficou ganancioso” depois de ver a reação do público da prévia à cena em que o tubarão salta atrás da cabeça de Brody e queria “mais um susto“; Era para ser lançado nos cinemas no Natal de 1974, mas como as filmagens ultrapassaram o cronograma de filmagens, seu lançamento foi adiado para o verão do ano seguinte; O diretor Steven Spielberg nomeou o tubarão “Bruce” em homenagem ao seu advogado; Três “Bruces” mecânicos foram feitos, cada um com funções especializadas. Um tubarão era aberto no lado direito, um era aberto no lado esquerdo e o terceiro era totalmente esfolado. Cada tubarão custou aproximadamente $250.000; O diretor Steven Spielberg filmou cerca...
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