Chegando esta semana aos cinemas, o filme (Locked) Confinado: um suspense psicológico restrito. Dirigido por David Yarovesky e distribuído pela Diamond Films. Já imaginou ficar trancado em um carro, sem ter como sair ou se comunicar com ninguém do lado de fora? E para piorar: alguém vendo isso e te mantendo preso no veículo.

A História
A premissa é relativamente simples: uma pessoa fica presa em um carro estranho e precisa achar um meio de sair de lá. Porém, há alguns problemas e detalhes: o carro é blindado e vidros extremamente resistentes. Ou seja, não há como quebrar os vidros para sair, nem arrombar as portas. Além de que não há sinal de celular lá dentro. Então, como sair de um lugar desse?
Eddie Barrish (Bill Skarsgård) é um rapaz desesperado por dinheiro para poder consertar sua Van para poder trabalhar com entregas. Como não consegue ninguém que empreste o valor que precisa para fazer isso, acaba recorrendo à tentar roubar para conseguir esse dinheiro. Assim, começa a procurar carros para poder pegar objetos de valor de dentro ou levar o próprio carro. Surpreendentemente, acha um carro luxuoso parado em um estacionamento público e que está destrancado. Entra no carro para ver o que consegue, mas se vê preso lá dentro.

Confinado é um suspense psicológico restrito
A partir desse momento, Eddie percebe que caiu em uma armadilha e não tem como sair. Sem ter como se comunicar com ninguém, em um carro blindado e isolamento acústico e visual para fora. O que fazer? E para piorar mais: sem água ou comida. Como se não bastasse isso, alguém começa a se comunicar com ele através do sistema do carro, alegando ser o dono do carro – William (Anthony Hopkins). Todavia, começa a torturar fisicamente e psicologicamente Eddie.
O filme quase inteiro se passa dentro do carro, com as interações entre Eddie e William. Por esses dois aspectos, que Confinado é um suspense psicológico restrito, tanto no sentido de local, espaço, quando de pessoas e de interação. Afinal, a história se resume na conversa entre os dois.

Considerações
O filme resolve tomar uma direção interessante, explorando um suspense psicológico através do confinamento em um carro. Geralmente vemos esse tipo de premissa em outros veículos ou locais maiores, dando mais espaço para interação com o cenário. Porém, neste caso, o que se pode fazer dentro de um carro é extremamente limitado.
Por um lado, isso amplifica a questão da tortura psicológica, o que é um ponto positivo para o filme, mas por outro, acaba gerando alguns problemas na narrativa. Como por exemplo, ele ficar trancado no carro por vários dias. No começo só mostrou ele com fome e sede, mas nada de suas necessidades básicas. Somente no segundo ou terceiro dia que mostraram ele precisando urinar. Mas em nenhum momento em 5 dias ou mais, sequer mencionaram ele precisar ou ter evacuado (defecar). E como foi relevante na história a questão de urinar e sede, a omissão da outra necessidade, foi um ponto bem negativo, acaba ficando estranho simplesmente ignorarem isso.

Imagine ter que fazer dentro do carro e ter que ficar confinado lá dentro com isso por dias, o cheiro que ficaria lá dentro seria insuportável. Mas simplesmente não aconteceu. Faz com que a situação acaba parecendo meio artificial.
Já as reações e falas do Eddie ficaram boas na maior parte do tempo, mas considerando que ele está preso e a mercê de outra pessoal, deveria ter se controlado um pouco mais no que fala e como reage. Outro ponto é o celular dele, pois de tempos em tempo ele mexe no celular, apesar de não ter sinal para poder falar com ninguém do lado de fora. Mas o celular mantém a bateria por quase uma semana? Não foi mostrado que ele conseguia carregar, então ficou estranho também. Ele tinha uma mochila com ele, e lá dentro poderia ter um carregador, mas não é nem mencionado isso.
No geral, o filme é ok, mas esses detalhes acabam comprometendo a imersão na história. Entrega o que promete como um todo, mas deixa a desejar.

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